Reflexões do Leopardo

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domingo, 31 de janeiro de 2016

Hotel Babilónia


Resultado de imagem para fotos de Joao Gobern e Pedro Rolo Duarte







Confesso que só ouço o "Hotel Babilónia" aos Sábados de manhã, na Antena 1 da RDP, porque lá está o locutor João Gobern.  Sim, na foto é o maior, tanto na figura física como na moral.
 Não nos situamos no mesmo quadrante político - monárquico, ele, comunista, eu - com opiniões, opções ideológicas, posturas sociais bastas vezes diversas, considero contudo que as nossas escolhas muitas vezes convergem e considero ainda que naquilo em que diverge de mim é um homem sério. (João Gobern - se me permite que o trate assim - ainda me há-de explicar qual o representante da Causa Monárquica pelo qual se sente representado. O Don Duarte Nuno, que era alvo de chacota no Colégio Militar pelo "brilho" inocultável do seu QI, ou algum ramo bastardo do defunto rei D.Carlos escondido algures nas circunvoluções europeias?)

Todavia, o João Gobern e eu coincidimos nalguns afectos: na paixão pela Ópera - já nos cruzamos diversas voltas no São Carlos - ; na tiffosísse pelo clube português com mais admiradores - ele, pelo lado do futebol, eu, pelo lado do judo, do râguebi, do box, do ciclismo.

Por todas estas razões - porque o julgo sério, com um gosto cultural e desportivo apurado, por esta imaginária amizade virtual da minha parte - sinto-me na obrigação ética de tecer alguns comentários aos seus comentários de hoje.
O João Gobern iniciou, com o meu total entusiasmo, afirmando que a candidatura do Tino de Rãs é o sinal bem evidente do nível de degradação a que desceu a atmosfera política portuguesa.
Se o João Gobern me permite o Tininho das Arrãs consegue a proeza maior de ser pior que o Tiririca, palhaço profissional brasileiro, que concorreu às presidenciais no Brasil sob o lema "Vote no Tiririca, pior não fica".

Seguidamente, João Gobern criticou a vacuidade do discurso eleitoral de Marcelo, que facilitou vacuidades e contradições de outros candidatos, no que continuamos de acordo.
Criticou os vários tiros nos pés da candidata Maria de Belém com o acordo de todo o País (exceptuando duas dúzias de amigoches, que estão mais calados que ratos).

Gabou Sampaio da Nóvoa, talvez por lapso exagerando a simpatia e chamando-lhe "o nosso".
Não sendo Nóvoa o meu candidato, também não é por aqui que nos zangamos, pois considero Nóvoa (que conheci academicamente de perto) um homem com diminuta experiência da política e da população, mas um homem bem intencionado, estudioso, com propósitos sérios.

João Gobern criticou a inadmissível política do Estado dinamarquês de barrar a entrada aos refugiados da guerra, ainda por cima roubando-lhe (não existe outro termo mais adequado) os seus parcos haveres ( e, desculpe lá João Gobern, mas o facto hipotético, futuro, de alguns refugiados não se virem a portar bem, justifica as portas fechadas e os roubos? Os franceses reaccionários alegaram o mesmo a propósito dos emigrantes portugueses nas décadas de cinquenta e sessenta!)

Agora, João Gobern, aquela de cair na esparrela de alfinetar o Jerónimo de Sousa por causa do "engraçadinha", supostamente dirigido à Marisa ( ou como os "mírdia" deturparam), quando era evidente que o secretário-geral do PCP estava a afirmar que Edgar Silva não tinha sido escolhido pela sua fotogenia, mas pelo seu historial de vida e político, pelas suas qualidades de convicção, essa afirmação e raciocínio está abaixo de si, João Gobern. Ainda por demais, arrematado com "a Marisa deu um banho de bola e o PCP diz que ganhou".
João Gobern usou expressões do futebol muito engraçadinhas, mas que não correspondem à verdade dos factos. O primeiro truque ilusionista do João Gobern foi fazer com que a candidatura do Edgar Silva, deixasse de ser do militante comunista em acção e passasse a ser do PCP. A segunda pomba que o João Gobern fez voar da cartola, foi afirmar o contrário do que o PCP declarou logo na noite dos resultados eleitorais: "os resultados obtidos pelo candidato Edgar Silva situavam-se muito aquém do empenhamento e entusiasmo tanto do camarada Edgar como do apoio do PCP.

Quanto a Pedro Rolo Duarte o que há a comentar? Nada! O que se pode comentar de um comentadeiro que cantarola que Marcelo pronunciou um belíssimo discurso triunfal "novo", introduzindo um espírito "transversal" de pacificação na Nação (quiçá no planeta!).
Afirmações sobre um vencedor que arrancou uma maioria a 46% dos votantes, com um discurso semelhante ao que mantem há 40 anos nos generosos (para ele) "mírdia"!
Para o Rolo Duarte paz à sua alma, porque está está morto e não deu por isso. 

Saudações amistosas para todos e também ou sobretudo para João Gobern 

O Leopardo (de garras recolhidas)       
     







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