Reflexões do Leopardo

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sábado, 2 de janeiro de 2016

Hoje comentarei por junto os frente a frente entre EDGAR SILVA, Henrique Neto, Tininho das Arrãs, Marcelo Rebelo de Sousa, um politólogo comentador qualquer, Maria de Belém, Paulo de Morais e o execrável "pivôt" da TVI 24.
Resultado de imagem para fotos do candidato presidencial Tino das Rãs



No frente a frente entre EDGAR SILVA e Henrique Neto (desculpem-me eu privilegiar Edgar no tipo de letra que uso, mas este candidato é sistematicamente prejudicado e distorcido nas suas intervenções), as câmaras de televisão portaram-se pessimamente nunca filmando o candidato EDGAR de frente, mas de lado, ao contrário do que fizeram com o quase quase octogenário Neto, a quem filmaram sempre de frente; o referido "pivôt" da TVI 24 somou as suas tiradas à de Neto e distorceu as intervenções de EDGAR ( por exemplo, asseverando que os investimentos na Saúde Pública, no Ensino Público, na Segurança Social eram "despesismo" e não um dever constitucional do Estado ou, dando outro exemplo, que a campanha de EDGAR era das mais "despesistas", apesar da correcção de EDGAR , de que a sua campanha era obrigada a investir dado o silenciamento a que a sujeitam os "mídia"); Neto enovelou-se em contradições que nunca esclareceu como dizer que Portugal tem que andar economicamente para a frente, mas respeitando o serviço da dívida assumida pelo Governo PSD/CDS ou PÁF, que tem que assegurar a estabilidade da governação por pior e mais anti-popular que ela seja, ou criticando as posturas do Cavaco em extinção sem esclarecer o que fará ele Neto em circunstâncias assemelháveis.

No frente a frente Tininho das Arrãs, profe Marcelo, um politólogo doutor em qualquer coisa e o inimaginável "pivôt", tudo foi disposto ao jeito do candidato da Direita.

Tininho das Arrãs - como ele próprio a si se designava, urlando que queria pôr a freguesia de Rãs no mapa - foi um apêndice do profe Marcelo, que este último enrolou da forma que melhor lhe pareceu. Tininho, sempre contorcido na direcção de Marcelo, ia golfando demagogia e populismo de comédia: "que vai retirar a plebe do seu papel de figurante histórico"; "que Marcelo é o seu principal adversário num confronto entre a academia e as botas de biqueira de aço, a rua e o ar condicionado"; que hoje "o povo está muito fino", que "a plebe sabe o que quer". ["É caso para lhe perguntar se a plebe sabe o que quer para que é ele serve]. O profe Martelo, "en grand seigneur", usava a ponta menos reles das golfadas de Tininho e fazia delas um pequeno tijolo para continuar a sua construção no edifício da Direita. O politólogo doutor em qualquer coisa de moderno só tinha uns óculos com uma armação azul. No substancial confirmava Martelo, costurando-lhe uns gráficos, umas percentagens, a obrigatoriedade soberana de servir a dívida externa, de dobrar a espinha à NATO/Washington/Pentágono. Em florilégio tão auspicioso, sempre bafejado pelas contumélias e sorrisos do "pivôt", Martelo simulou o "moderado", salvador da Pátria.












O frente a frente entre Maria de Belém e Paulo de Morais confesso que não tive pachorra para ver na íntegra, de tal forma a Roseira de Belém se identifica com o profe Martelo. De tal forma que Paulo de Morais, o filhote ideológico de Rui Rio, sobressaía mais desenvolto e aparentemente mais equilibrado. Afirmações ou expressões a reter nada que valha a pena.

Em conclusão, destes primeiros debates pouco se retira para esclarecimento do Zé Povinho, tirante as intervenções notáveis, amplas, profundas de EDGAR SILVA. O sobrante são os nevoeiros ilusionistas e sebastiânicos dos candidatos em liça como se de um torneio medieval se tratasse.        

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