Reflexões do Leopardo

Reflexões do Leopardo
Reflexões do Leopardo

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


Resultado de imagem para fotos ou imagens de laços de luto  O País deveria cumprir uma semana, pelo menos, de luto nacional, com uma paragem simbólica de um minuto a meio da jornada de trabalho.
Ontem, de facto, 48,8% dos votantes (abstiveram-se 51,8 %  dos cidadãos/ãs com direito a voto) impuseram aos restantes um PR à revelia do que tinha sucedido antes.
Recapitulando, em Outubro de 2015, os votantes elegeram uma AR com uma composição que retirou a maioria à coligação PSD/CDS - posteriormente PÁF - possibilitando a formação de um Governo PS com uma participação do BE e eventuais acordos pontuais do PCP, dos Verdes e da ID. Novo Governo que foi efectivamente empossado com a maior resistência e atraso que a lei lhe permitiu pelo presidente em exercício Cavaco Silva (presidente que o triqui-triqui nacional afirmava enfermo de Alzheimer, o que explicava os seus desmaios frequentes e a presença de garda-costas possantes para o susterem nas quedas). 
Portanto, o País votante (com uma percentagem de abstenções a aproximar-se dos 60%) recusava a política liquidacionista, anti-patriótica e anti-nacionalista da PÁF e dava indicações fortes sobre uma postura política nova em relação aos Bancos, às evasões e fraudes fiscais, às fugas de capitais, à corrupção, ao desemprego, à instabilidade no trabalho, à miséria e à fuga da juventude (em regra, a mais qualificada profissionalmente) para o estrangeiro.
Ora, ontem, o país votante votou contra o que votara há 3 meses atrás e elegeu Marcelo Rebelo de Sousa que, de há 30 anos para cá, sempre deu todas as provas de ser um "yes man" do PSD, que muda de opinião e de postura da manhã para a tarde, para além de um inocultável vezo para a palhaçada que o leva a filmar-se cortando o cabelo a uma cabeleireira ou mergulhando nas águas do Tejo pretendendo convencer que estão impolutas.                     Isto, sem entrarmos em linha de conta com o seu passado de homem jovem, afilhado de Marcello Caetano, passado que, por exemplo, o protegeu de fazer o serviço militar (na época em que Portugal combatia pela posse das colónias - Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde).                                                                                                                                                                   Assim, é muitíssimo mais que provável que, dentro de pouco tempo, tenhamos um PR a fazer contra-vapor ao Governo e à AR, evidentemente com uma argumentação mui variegada e em mutação constante.                                                                                                                                                                                                                                                                                       Para além disto, e tristíssimo sintoma dos tempos que vivemos, eu que estive practicoconcretamente (expressão respigada a Lobo Antunes) numa mesa de voto como delegado da candidatura de EDGAR SILVA (o candidato sistematicamente maltratado pelos "mírdia"), o que mais me chocou foi o clima de ocultação partidário-presidencial que os elementos constituintes da mesa alimentaram. Tanto mais que, excepto em 2 casos, eram todos jovens. Para todos os que viveram o fascismo salazarento e o combateram desde a adolescência (compreendendo apenas uma parte do que ele significava) este clima de ocultação e silenciamento fala por si.
Portantos, a luta continua com uma incomensurável confiança !
O Leopardo  


                                                             

Sem comentários:

Enviar um comentário