Reflexões do Leopardo

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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sua Excelência o Rei Vai Nu, a Luta Continua

Alerta, Alerta Amigos, Companheiros, Camaradas, Democratas os "mírdias", os "comentadeiros", os doutores-cogumelos ", especialistas" em politologia, economia, finanças, sociologia, psicologia, psicanálise, histórias da diplomacia, das guerras, da cultura, da arte,  movidos pelo Grande Capital que lhes paga, recuperam a todo o gás a imagem de Marcelo Rebelo de Sousa.

A imagem recauchutada que agora panfleteiam do profe Martelo  é a de um Presidente isento, acima dos Partidos, verdadeira estrela Sírius que contempla das altas estratosferas a política, os Partidos (com p minúsculo), o Povo, o País.

Como se processou essa recauchutagem espiritual? Foi lavado com Omo ("o que lava mais branco") por mãos incógnitas. Deixou de ser uma criatura do PSD, da ex-PÁF, afilhado de Marcello Caetano.
Como se dissolveu este passado? Devido a uma ciclópica Inteligência - a Dele -, a um Saber de Adamastor - o Dele -, a um inacreditável golpe de rins - Dele -, que o leva a tornear todos os obstáculos, barrancos, todas as contradições de classes, e a envolver numa onda gigante, transversal, onda gigante de afectos na qual enrola o País, o Povo, a Europa, quiçá o Mundo.

E tudo isto é pura invenção dos "comentadeiros", dos "mírdia"? Nem tudo.
A criatura, de facto, é mais hábil que a criatura que desempenhou o posto anteriormente. Verdade que não era difícil.  A anterior só tinha dois neurónios - o tico e o teco -, estava paralisada na actividade de pensar, e com frequência na de falar - por isso escandia as palavras num débito lento, quase parado -, um verdadeiro tijolo cerebral, talvez atacado de Alzheimer.

Também é um facto que Sua Excelência Excelentíssima profe Martelo não nasceu para a arte do contraditório ao vivo. Qualquer carinha laroca (masculina, feminina ou andrógina...) do BE o embaraça. Mas, agora PR, sem contraditório ou com um falso contraditório peneirado, só fitas, só laços, só condecorações, inaugurações, beijinhos, contumélias está como gosta (ou "na sua praia", como soe dizer-se hodiernamente).

E apenas a Direita papa a papa que serve?
Não é verdade. Também algumas franjas tradicionalmente encostadas à Esquerda parecem encantadas por este charme feito de delíquos  de olhos, de abanares de mãos em leque, de sorrisos permanentes que lhe escorrem de uma imoral fonte interior, fazendo e refazendo as pregas do rosto até às comissuras das orelhas.

Como se responde a isto?
Com a Verdade dos factos, da Vida, com a luta na AR, nas ruas, nos Concelhos, nas Freguesias, nas povoações perdidas do interior, nas comissões em prol do desenvolvimento económico, dos transportes, dos correios, da cultura, da língua portuguesa, do desporto, da arte, do património nacional.
AVANTE! EM FRENTE. A LUTA CONTINUA.  TODOS ao 1º de MAIO de 2016 !!! 


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terça-feira, 26 de abril de 2016

A "primavera portuguesa", a Subversão mansa do regime constitucional

As posturas de Sua Excelência Excelentíssima o Senhor Presidente da República Portuguesa deixam-me dia a dia mais preocupado.
Logo após a sua entronização na função pública de PR, os começos não foram auspiciosos: a sua ostensiva falta de entusiasmo na aprovação do tímido Orçamento de Estado, OE, para 2016, o seu sublinhado no compromisso da dívida pública e nas contenções daí decorrentes, a imperiosa integração na estratégia (de Guerra, eufemisticamente apodada de Paz) da NATO/EUA/Pentágono/CIA, a sua atitude de "nim" face ao Des-Acordo Ortográfico/90 (com as falas dos seus discursos no português de há sessenta e tal anos e as legendas das ditas falas de acordo com o Des-Acordo Ortográfico/90).

O discurso de Sua Excelentíssima Excelência, o Senhor Presidente,  na AR, Assembleia da República portuguesa, mais não fez que aumentar as minhas preocupações de forma substancial.
No referido discurso, mui louvaminhado pelos "comentadeiros" de serviço, Sua Excelência faz uma interpretação dos poderes presidenciais em que os sobreleva em relação aos poderes da AR e dos Tribunais (leitura do discurso que não é apenas a minha, mas igualmente a dos senhores "comentadeiros".
Ora, da parte de Sua Excelência, proceder a tal interpretação, equivale a subverter o equilíbrio de poderes estabelecido na Constituição da República portuguesa - que o Senhor Presidente jurou cumprir e defender ! - e avançar com patinhas de veludo para uma Constituição de tipo presidencialista. Em curto e grosso, da parte de Sua Excelência, consiste numa facada, numa traição à actual Constituição.

Porém, ainda me preocupa mais a recepção ao discurso do Senhor Presidente da parte do Público em geral, avaliando-a eu através da Rádio Pública, Antena 1, no seu programa de hoje de manhã ( o que, concordo, é correr um risco muitíssimo elevado de tais recepções andarem longe da recepção do País real).
No referido programa da Antena 1, os "comentadeiros" de serviço, saudavam entusiasmadíssimos o "Discurso" (com maiúscula e tudo) que inaugurava uma "Nova Era" (sempre com maiúscula, porque o ridículo não mata), abria não sei o quê. Dava mesmo um empurrão hábil no "arco da governação", sem cuspir nos olhos dos "Outros". Também, acrescentavam, depois de 10 anos de presidencialismo ríspido, hirto, "cara de pau", não era difícil fazer melhor...
Compreende-se esta avalanche de euforia da parte dos senhores "comentadeiros", pois é para isso que são pagos.

Da parte do Público, se corresponde ao Zé Povo Português real, é muitíssimo mais inquietante, pois demonstra que 48 anos de fascismo salazarento, somados a cerca de 39 anos de social-democracia às arrecuas - quer da parte do PS, quer da parte do PSD/CDS, quer de todos três coligados - executaram o seu trabalho de alienar o Povo Português dos seus reais problemas e das soluções para eles.

Como exemplo do que acabo de afirmar, duas das senhoras que falaram no programa da Antena 1, decerto animadas das melhores intenções, confessavam que nunca tinham votado, que Marcelo Rebelo de Sousa "era o homem (presidente, suponho) dos seus sonhos", "se pudessem andariam sempre abraçadinhas a ele", "como outrora a Ramalho Eanes" e que a Sua Excelência actual, num ápice, tinha realizado o milagre de unir os Partidos, compor, no dia 25, uma Assembleia da República tão bonita, com a mesa da presidência cheia de flores... O resto viria com o tempo, era preciso dar-Lhe o benefício da dúvida, dar tempo ao tempo... também não se pode fazer tudo num dia... não é?...

As grandiosas Manifestações que celebraram por todo o País, com milhares e milhares de pessoas, o apego do Povo ao 25 de Abril desmentem os programas da Antena 1 e outros programas quejandos. Desejo sinceramente que as senhoras que citei no parágrafo acima as tenham espreitado pelo menos atrás das cortinas das janelas.

O Povo está na Rua. A Revolução está em marcha.


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