Reflexões do Leopardo

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Reflexões do Leopardo

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Oh Salvador dá lá mais um !...

Uma boa parte do País reage indignado à afirmação do cantante Salvador porque o fedelho está a passar das marcas: então não é que o garoto se deu ao luxo de fazer sátira social afirmando que "ontem, ninguém o conhecia; agora, quando dá um peido, todos batem palmas". Os de espírito mais retorcido aventam mesmo que, se calhar, até se fez de coitadinho para ganhar o prémio da Eurovisão... 
Confesso que não enxergo motivo para o escândalo. O cantor teve este desabafo de alma justamente porque é imberbe e solta as verdades que lhe vogam no íntimo. Deixa-o criar calo e cinismo, pensará exactamente igual, mas torneará o fraseado público para lhe dar uma forma consentânea com a hipocrisia generalizada. Portanto, Salvador, eu louvo-te por mais esta idiossincrasia juvenil e desejo que ela te acompanhe pela vida fora.
Dispenso, é claro, os peidos na sua realidade concreta, basta-me a sua existência como signo, dado que na minha casa também existem artistas...  
Não obstante, Salvador , o mega-espectáculo do qual participaste, e no qual foste uma espécie de cereja no topo do bolo, não resolve o problema dos incêndios nas florestas portuguesas. Não passou de uma esmolinha para pobres, um apelo à "Caridadezinha" e uma cortina de fumo para ocultar as verdadeiras causas dos incêndios.

Os comentadeiros da RDP/Antena 1 e dos "mírdias" em geral fartaram-se de badalar que "não se deve diabolizar o eucalipto" que "a culpa não é das grandes áreas de eucaliptal", "onde tudo se passa direitinho", "onde não há incêndios e, se os há, são celeremente extintos". A culpa ("mea maxima culpa") é das pequenas áreas de eucalipto, as cujas, os proprietários não possuem pilim para as limpar. Culpa também das zonas de baldio, de mato, de tojo, que poderiam ser desbastadas por rebanhos de cabras (é óbvia uma atracção dos comentadeiros pelas cabras...), de ovelhas, até de vacas.
E, óspois, por mais caricato que possa parecer, porque o eucalipto português é o melhor do mundo para a pasta de papel tão apetecida pelas Grandes Empresas Suecas ! Um papel de casta de eucalipto luso não é comparável a um papelucho das estranjas ! E esta eiñ?...
É claro que os comentadeiros nunca ouviram falar de uns desgraçados que são comprados com uns garrafões de tintol e uns pózinhos de droga para incendiarem as florestas. Os comentadeiros são como as mulheres sérias, não têm ouvidos...

Porém, como este "argumentário" não convence todos - existem sempre aqueles inconformados sistémicos, os do costume - encomendou-se um senhor doutor qualquer lá das profundezas das Austrálias - senhor doutor que até esteve presente na assinatura do Tratado de Roma !... - para nos ensinar que o conceito de Nação deve extinguir-se e as portas dos territórios continentais ficarem escancaradas para a livre circulação do Grande Capital .

Nos incêndios de vulto planetário a Administração Trampas assinou a primeira venda de armas à ilha de Taiwan (28 milhões de habitantes), isto é, aos chineses não alinhados com a República Popular da China (mais de um 1/5 da população mundial), incentivo trampesco a conflitos armados entre as duas Chinas.
Dentro da mesma maré bélica o Estado cowboy pressiona a ONU  a tomar medidas contra o Irão.

No campo das práticas sociais e das mentalidades, a UE produziu legislação que permite o casamento homossexual, postura que a gauleiter Angela Merkel desaprova, considerando que "casar" é entre um homem e uma mulher. O que é prova provada que a gauleiter Merkel possui hormonas perfeitamente definidas ou até excessivamente definidas... 

No anedotário nacional o "míster" Passaralhos Coelho , através do seu "factotum" na AR, o senhor Luís Montes de Negro afirmou que os do Governo estão a "agir como umas baratas tontas" nas tragédias de Pedrógão Grande, Góis e C.ia. Evidentemente quem está de cabeça desaustinada é o míster Passaralhos, pois o Governo de que foi chefe agiu como um bando de ratazanas enraivecidas, nem sequer se aquietando para umas cerimónias de condolências perante os hectares e hectares de florestas ardidas.

Manuela Azeda o Leite espeta o dedo e destrambelha contra os Partidos por quererem tirar dividendos de uma tragédia. O que não é, claríssimo está, o caso do seu Partido que apenas pretendia deixar o Rectângulo Nacional e Ilhas (Selvagens incluídas) em camisa (parece que já tinham encomendado um primeiro milhão de camisas de nylon a Taiwan...).

Ainda dentro do anedotário nacional, é tornado publico que foram roubados lança-granadas e explosivos de um quartel em Tancos, mas o País pode dormir descansado, pois o Ministério da Defesa investiga a ocorrência !... 

Assim, para o sério - dadas as consequências nos impostos - a DECO alerta para o facto de a reelaboração do novo Livro de Reclamações dos Consumidores retirar direitos, visto que as coimas por prevaricação serem reduzidas a metade, incentivando talvez as empresas a correrem o risco de infringir a lei e pagarem as multas. Além de que os restaurantes e tascas, onde se situam a maioria das infracções, serem isentadas até 2020.

Ainda dentro do sério, custa-me comentar o caso dos gémeos do Cristiano Ronaldo  - um menino e uma menina - gerados em útero de aluguer, que o pai orgulhoso exibia nas "pantalhas". O facto de CR7 vir afirmar que um dia revelará aos gémeos qual o útero donde saíram não esvazia o problema, pois as crianças, ricas ou pobres, exigem emocionalmente um lar estável.
E não comento isto para retirar quaisquer dividendos, mas pelo respeito que o próprio Cristiano me merece, para sua reflexão, e para reflexão de todos aqueles que se defrontarem com situações equiparáveis.

Regressando ao anedotário, no qual a semana tem sido fértil, o Benfica reagiu com ironia às acusações do Porto sobre as tristemente famosas escutas de sms's : primeiro, não tem nada para ocultar e o caso julga-se em Tribunal; segundo, quanto à acusação de que terá usado bruxaria contra os jogadores do Porto, de facto, é verdade, usou, e o seu "bruxo" chama-se o treinador Rui Vitória
Graçolas à parte, todo o caso pode ser enquadrado, nos acontecimentos lamentavelmente cada vez mais frequentes: querer vencer fora das quatro linhas, o que se perdeu no campo.




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And that's all folk's and bitter  

do Leopardo     
  

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Atão ó Zé agora comi é?...

Principio com o títalú acima exposto - "Atão ó Zé agora comi é?..." - apenas para que fique claramente demonstrado que ao Leopardo não falta jeitaço para versalhadas, coisa assim no mesmo patamar do Luís Vaz e do Fernando Pessoa, sim, aqueles que estão representados em estátuas ao cimo do Chiado, um sentado numa mesa à porta da Brasileira, o outro no alto da peanha no Largo com o seu nome. A mim sempre quero ver ( mesmo que seja do "alto assento etéreo" ) onde me colocam... Os aeroportos já se sabe que estão todos pré-denominados...

Mas eu principiei assim logo a arrebentar para entupir as canetas de certos escribas da nossa praça ( canetas que ainda devem ser de aparos de ferro, montados em penas de pato ) que desenharam em papiros, em letras teutónicas, que eu me deixasse de poemáticas, cultivasse outros talentos, que a minha musicalidade íntima é ínfima, invisível a olho nu. Ora, eu, returco-lhes, parafraseando-os, que abandonem a crítica literária a quem sabe, sobretudo a quem não sofra de entorses d'alma edipianos. Alimentem lá uns coxes de prosas, espelhem-se numas narcisadas... Há de haver quem goste... Ele existem gostos para tudo...

Agora que este terreiro está varrido, bamos ao monumental evento que coroou a noite de ontem. No Meo Arena, propriedade de um genro da famelga Escavaco
O primeiro grupo a intervir, um tal "Agir" deu o mote : um grunho cheio de tatuagens, umas argolas incrustadas nos lóbulos das orelhas como usam as velhas em Moçambique, pediu aos 14 mil espectadores-contribuintes que acendessem os telemóveis ou os isqueiros e os agitassem bem alto, acima das cabeças. O designado grunho - que se deve considerar o máximo - lembra o Quaresma, com as desvantagens de não praticar futebol e "cantar".

As apresentadoras do evento "sem paralelo no mundo inteiro", a carinha e o corpinho larocas da "namoradinha da Nação", dona Catarina Ofuscada e uma tal Filomena (que imagina ímpares os seus olhos verdes debruados a rímel negro) iam asseverando que "a noite era mágica" , que tinham os pelos do corpo "arrepiados". A Filomena, decerto porque tinha os citados pelos  todos ouriçados, sentou-se ao colo de um Bombeiro Voluntário beijocou-o, crismou-o de "Nossos Heróis" e passou-se logo de seguida para o colo do tenente dos Bombeiros que sujeitou a tratamento igual (o Bombeiro sorria displicente e divertido...) .

Ana Moura cantou e encantou com o "Desfado".

A qualidade estava garantida. A partir daí foi possível o "tio" Júlio Isidrio - formalmente enfarpelado a jaquetão azul marinho, com 6 ordens de botões dourados, camisa de colarinhos  brancos, duros de goma, gravata salmão - afirmar que o mais importante eram estarem ali juntos como os dedos da mão a rezarem (exactamente, "a rezarem" !) por todos os que tinham perdido os lares, os animais, as hortas, que "juntos, embora desiguais, somos fortes". 
Aurea, uma loura, "very" tatuada, montes de pulseiras, anéis, colares, descalça, cantou "I did'nt mean it", enquanto simultaneamente gritava, de punho fechado no ar, "os cantores estão todos a cantar à borliú". Lindo, lindo...
Carlos do Carmo & Camané - CdoC de rigoroso semblante fadista, Camané, num fadistismo escuro sem gravata - trocaram vozes de mestres em torno do "por morrer uma andorinha não se acaba a Primavera". Carmo assegurou que, após "54 anos a cantar, vivia um momento único, um momento histórico".
O "tio" Júlio Isidrio aproveitou a deixa para citar não sei quê de Kennedy e lembrar que é neto de bombeiro, recordação que recordou "a namoradinha da Nação, dona Ofuscada, que também tem costela de bombeira por uma banda qualquer... Igualmente lindo, lindo de morrer...
Carminho, acompanhada por um popular acordeão, cantou "Amor Marinheiro".
Os D.A.M.A, florescendo juventudes, cantaram "Não dá."
David Fonseca e Diogo Piçarra, em intervenções separadas, distintas, decerto bem intencionadas, cantaram em inglês e assim, para mim... "não dá !"
Hélder Moutinho, irmão de Camané (em minha opinião, a Amália no masculino, do nosso tempo) cantou o fado "Eu nasci na Mouraria".
Fernando Mendes comediante que, lamentavelmente, hoje em dia, se limita a dirigir um programa de propaganda a electrodomésticos, teve uma passagem contida e concisa.
João Gil & Luís Represas cantaram a duo. Represas um daqueles capilés sentimentais a que nos habituou. João Gil porventura fazendo as intervenções mais interessantes da noite ao dizer que não bastava oferecer os donativos, era preciso reflectir, esclarecer os porquês dos incêndios e haver vontades políticas para agir no concreto.
Jorge Palma & Sérgio Godinho trocaram poemas e mestrias através de "enquanto ficares à espera ninguém te vai ajudar" e "hoje é o primeiro dia do resto  da tua vida". Palma, com a alegria de quem lhe esvoaçam os dedos pelo piano pela primeira vez !
Luísa Sobral acompanhou-se à viola cantando "Cupido".
Miguel Araújo acompanhou-se a guitarra eléctrica a cantar "Anda comigo ver os aviões".
Rui Pego , a representar a Rádio, pôs um pouco de sensatez nos discursos afirmando que "não sabe se a jornada é histórica, a História o dirá depois". Entretanto, já tínhamos sido informados por Vasco Sacramento - outro responsável pela organização do espectáculo - que a maratona de cantorias tinha sido montada no tempo record de uma semana, em que não tinham literalmente dormido, e que foram obrigados a recusar a participação de centenas de artistas portugueses da diaspora que já não cabiam no elenco.
Paulo Gonzo cantou com a sabedoria de sempre "Meu Amor Sei-te de Cor"
Abrunhosa pediu "Toma conta de mim", uma das suas poucas opiniões em que devo estar de acordo com ele. Por caridade, alguém devia tomar conta de tanta demagogia...
Raquel Tavares despenhou-nos na sua voz potente "Meu Amor de Longe". Um pouco de modéstia só faria bem a tantos "horsepower" de diapasão.
Rita Redshoes entoou a propósito "Ser Mulher".
Rui Veloso, o rockeiro oficial do Norte, matraqueou superlativamente o "O Meu Primeiro Beijo". 
Salvador Sobral fechou a noite acompanhando-se ao piano a cantar "Amar pelos Dois"... em inglês... O rapaz é maluco ( deve ser por isso que gosto dele ! ).  Na estranja, onde ninguém entende o português, canta-me na língua nacional, para os Tugas canta-lhes primeiro em inglês, óspois no português madre !... 
Não obstante fechou com chave de ouro. Ou seja, acima do que que a homenagem às vítimas dos incêndios merecia. Porque aquela homenagem, foi um hino "à Caridadezinha" (a qual o Barata Moura tanto tem esmiuçado), Caridadezinha de que os nossos concidadãos das freguesias incendiadas não deviam ser objecto. Eles merecem é Justiça, é a reparação das imensas perdas sofridas pelo reconhecimento e empenhamento de todo o Estado Português.

Não por acaso, Manuel de Lemos, Presidente da Misericórdia, exultava. 1.153.000  €urios, montante final apurado do mega-espectáculo encenado, são trocos para os madeireiros que negoceiam na área da pasta para papel das Grandes Empresas Suecas do Ramo.
Também, não por acaso Sua Excelência Excelentíssima e o Presidente da Assembleia da República assumiram posições discretas. A maré é dos Heróis Bombeiros... Aliás, a maioria das intervenções referiu-se hagiograficamente a Sua Excelentíssima Excelência!!

Verdadeiramente notável foi a magnifica reportagem da actriz Luísa Ortigoso, que se deslocou a Pedrógão Grande e a Góis para ouvir as pessoas atingidas pelos fogos. A verdadeira grandeza emergia tranquila, sorridente, das palavras despretensiosas das famílias atingidas: "sabe, já cá estávamos, nunca abandonámos e cá continuaremos. Estamos habituados." É destes que me sinto irmão.


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Saudações um pouco zangadas, 

mas confiantes, 

aliás, temos outra solução?...

Leopardo   

    

domingo, 25 de junho de 2017

Os Nossos Meninos Ganharam, Porra !

Quem são os Nossos Meninos ??! Porra, Porra !!... É claro que são os heróis da Selecção Nacional , superlativamente orquestrados pelo Nosso Fanan ! Deram uma cabazada aos trogloditas da Nova Zelândia. Os gajos eram umas torres de cimento armado, bons, não ponho dúvidas, para o râgueby (cada vez que um dos nossos craques chocava com um daqueles postes de cimento, caía o nosso craque !), mas futebol népias.
E eu, que não percebo raspas de futebol (só sou capaz de ler disciplinas desportivas mansas como o box - fui campeão amador de murros-, o judo - razoável a descair para o bruto -, o sumo - que nunca pratiquei para não estragar a elegância das pintas de leopardo) previ o resultado - o exaltante 4 a 0 ! - logo após ver o primeiro golo do CR7. Um vizinho meu que é tenente dos Polícias do cassetete longo e dos taser's não me deixa mentir ! Os nomes do Ronaldinho, do Bernardo Silva, do Nani , do André Silva vão esmaltar o céu dos meus sonhos nos meses próximos. Dos meus sonhos e dos sonhos de 90 % das gentes da Nação, Ilhas incluídas - até as Selvagens ! - mail'os emigrados e seus descendentes.

Sim, reponderando, depois, com que mais posso eu e os portugueses sonhar ?... Não é com certeza com esse enorme pedregulho de maldade obtusa de Brilho de Cascalho a ameaçar "aos nossos inimigos não lhes darei um segundo de descanso" (in "A Bola"). Ou tomar conhecimento que o jogador Mathieu vai custar 4 milhões de €uros por ano ao Sporting (in "Correio da Manhã").
Ou que a Procuradora no caso BES lidera a investigação aos email's do Benfica.

Ou que o Presidente Trampas questiona a falta de acção do Barraca Abana contra a ingerência da Rússia nas eleições dos "States" (in "Correio da Manhã). Por acaso, eu e muitos até julgávamos que relações céleres e directas com o Putin eram um exclusivo do Trampas para lhe encomendar umas carinhas larocas loiras de tenra idade e brandos costumes ...

Ou pretendem que sonhe com os arvoredos a arder nas freguesias de Pedrógão Grande, de Góis, onde os Lares destruídos já somam 90 ! 
Ao som dos bombos de alegria dos madeireiros que negoceiam a madeira ardida com os negociantes suecos da pasta de papel !!
Sonhar é difícil... A pachorra, às tantas, cansa-se e passa a formas mais activas de intervenção !!!   



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Saudações um pouco zangadas,

mas sempre confiantes

do Leopardo 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

O Síndrome Judite de Tusa

Preciso do Síndrome Judite de Tusa, ou seja, preciso de um cadáver . O meu reino por um cadáver !!!
Eu bem sei que perdemos com a Macedónia por 3 a 2, mas isto não é um verdadeiro drama, uma tragédia grega, apenas um dramazito macedónio, um rincão de terra boa para cavalos. Agora como é que eu entretenho a portentosa tensão deste blogue ( modéstias entre comas... ) sem um vero cadáver todo esturricado ?...

Já pensei eu próprio matar um "homeless" lisboeta, transportá-lo na mala do carro para Pedrógão Grande ou Góis ( talvez melhor Góis, a repetição da mesma cena, porém noutro cenário !... ), contudo, apesar de ser uma eliminação humana, no fundo, caridosa, pois aquilo já não é vida não é nada, encerra muitos perigos para a valiosa personalidade que é o meu Leopardo. E se as Polícias me mandam "stopar" durante o transbordo ?... Abrem a mala do carro. Lá vou eu de malas aviadas para o chilindró ! Ósdepois é uma porradaria de €urios para senhores advogados e, sobretudo, não é justo, uma acção tão humanitária custar um tal preço e deixar uma manchazita difícil de apagar com uns noticiários amigoches.

Talvez seja preferível comprar um cadáver na morgue. É claro que custa um monte de notas pretas para untar as unhas dos circunspectos funcionários da secção dos congelados e garantir a sua confidencialidade profissional, mas não existem belas sem verrugas. Renée Descartes, Diego Velázquez e muitos outros, animados de propósitos tão nobres como eu, recorreram às morgues.

Decerto sabem - pelo menos eu já os instruí noutra edição deste blogue - que Lady Machbeth , após ter induzido o fraco Machbeth a assassinar o seu próprio marido, cheia de remorsos, via as suas próprias mãos sempre manchadas de sangue, por mais que as lavasse ou esfregasse uma na outra. E é este reflexo patológico que os psiquiatras designam de síndrome de Lady Machbeth .
Ora, eu, presentemente, compreendo Judite de Tusa . Os incêndios de Pedrógão Grande e de Góis ainda não estão extintos. O Verão começou há 3 dias. Os hectares e hectares de eucaliptos estendem-se a perder de vista nas terras portuguesas. Logo, portantos, os folhetins televisivos não conseguirão entreter os bons telespectadores sem mãos-cheias de cadáveres !

Este facto incontornável pode chocar às primeiras impressões, mas a dura realidade da Indústria do Enterteinment impõe as suas leis mais férreas que as da extinta Cortina de Ferro.

"The show must go on !"  


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Saudações apesar de tudo confiantes,

porque a pachorra não é eterna

Leopardo