Reflexões do Leopardo

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Pinceladas impressionistas nas candidaturas presidenciais e na política internacional



Uma boa parte das candidaturas presidenciais começaram a Resultado de imagem para foto de maria de belém"arredondar", ou seja, 


estão a ficar tão parecidas umas com as outras que é difícil perceber em que é que se distinguem.
                                                                                    Nomeadamente as candidaturas de Henrique Neto, de Maria de Belém, de Paulo de Morais e do inenarrável, do incalável, do inimaginável Marcelo Rebelo de Sousa.                                      São todos "independentes", todos a favor dos trabalhadores (nos quais incluem o grande patronato), todos contra o "sistema" (o que quer que isso signifique), todos a favor do pagamento da dívida externa (depois de reequilibrada, o que quer que isso seja), todos de acordo que os compromissos militares são para cumprir - isto é, ao lado da NATO/EUA/Pentágono/CIA - , todos em uníssono a favor da Paz no planeta (o que é impossível de conciliar com a orientação anterior dado que a NATO está em guerra em todos os quadrantes da Terra - na Ucrânia, num cordão de bases em torno da Rússia, no Próximo, Médio e Extremo Oriente, na América Latina logo a iniciar no México, nas fronteiras da China, sem perder de vista o Japão, a Índia e veleidades europeias).
No que respeita a independência é pública a "independência" de Henrique Neto, histórico fundador do PS e empresário privado; a "independência" de Maria de Belém com décadas de militância no PS, onde já foi Presidente do partido e pelo qual já foi Ministra da Saúde e deputada na AR.
A"independência" de Marcelo Rebelo de Sousa e de Paulo de Morais são igualmente públicas: do primeiro, o papel de comentador, em todos os meios "mirdiáticos", há décadas ao serviço do PSD; do segundo, filhote ideológico de Rui Rio, vice-autarca do Rio no Porto, deputado pelo PSD na AR, com vários e importantes cargos na Assembleia, sempre indicado pelo PSD.







Mesmo António Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias não escapam ao "arredondamento" ou rotundidade. Nóvoa insistindo numa "independência" pouco credível, visto que alcançou a Direcção da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa com o apoio fulcral do PS e que foi com o mesmo apoio fulcral que se guindou a Reitor da Universidade Clássica de Lisboa. A rotundidade de Nóvoa tem-se acentuado com o decorrer da campanha aparecendo progressivamente mais encostado às sensibilidades centristas e direitistas do PS.






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Marisa Matias, com o BE a integrar o Governo, com o BE a claudicar em compromissos centrais da sua campanha, como o salário mínimo, a reestruturação da dívida externa, o crescimento da economia, e Marisa a enovelar-se em trapalhices sobre as suas votações no Parlamento Europeu, "arredonda", semelhando ser mais matias que mariza.
Com Nóvoa e Marisa temos mais névoas que novas.

A estas rotundidades escapam EDGAR SILVA e o Tino das Rãs.

EDGAR SILVA escapa, claro está, pela positiva. Os compromissos que assumiu na sua candidatura colam com a actividade política praticada na Madeira ao lado e a favor dos/das jovens alienados pela pobreza, pela droga, pela prostituição, colam com a actividade política a favor dos espoliados da sociedade. O ex-ditador da Madeira, Alberto João Jardim, ao processá-lo por "subversão social", prestou-lhe involuntariamente um elogio.

EDGAR SILVA é inegavelmente o candidato transparente comprometido com a Paz - a favor da dissolução dos blocos militares, nomeadamente a planetária NATO -, com a Constituição da República Portuguesa - que prevalece sobre a Europeia -, dos oprimidos, dos explorados, dos pobres.
    
Os mais de 6.000 apoiantes, amigos, militantes, camaradas que encheram o antigo pavilhão da FIL em Lisboa, no domingo passado - depois de outro enorme no Porto -, e as dezenas de encontros entusiasticamente participados, de lés a lés no País, são testemunho do sucesso da sua campanha.   
       
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Tino das Rãs - ou Tininho das Arrãs como ele próprio preferiu na candidatura anterior - pela negativa, abaixo da linha de água da decência. É o populismo rasteiro, vácuo de qualquer substância. É a palhaçada arvorada com matreirice saloia (a região e os saloios que me desculpem !). 
Na sua região em sentido lato, conseguiu decerto as 7 mil e quinhentas assinaturas de apoio à sua candidatura à porta das igrejas, das feiras, dos mercados, de porta em porta. E agora desloca-se mesmo a Bruxelas (com dinheiros do Estado, tá belo de ver!) , pois "tão portugueses são os que estão cá dentro como os que estão lá fora". Ainda o vamos televisionar em New Jersey, Macau, Paris, Goa. 
Em termos de desvorgonha é do melhor que se fabrica em qualquer parte ! "Um must da Cartier ... 

Após teclar sobre o Tininho das Arrãs só me ocorre garatujar sobre Barac Obama, apesar da enorme desproporção dos personagens e da sua influência nos destinos imediatos do planeta. Porém, apesar da ciclópica desproporção dos personagens, a estatura moral das criaturas anda ela por ela. É nula !

Obama que dá a face à política "cowboy" do terrorismo de Estado norte-americano, que coloca todo o planeta à beira da terceira guerra mundial - nuclear como é evidente -, que encabeça a política de rapina das riquezas estratégicas do globo, que lidera a exploração de 98% da população mundial, há 3 ou 4 dias que irrompe nos "mírdia"como campeão do "mundo livre". Que ameaça a Coreia do Norte por pretender possuir a bomba de hidrogénio como se só os States" tivessem o direito de possuí-la e usá-la. É preciso topete ! É preciso desfaçatez ! Topete e desfaçatez que só medram no vácuo ético. Onde muitos vêem no presidente norte-americano pela primeira vez um negro (com o pitoresco de ter um cãozinho português...), eu vejo um presidente multimilionário representante dos interesses multimilionários do Grande Capital internacional. 

Isto num momento da situação internacional, onde a arrogância das forças de extrema-direita e abertamente nazis arrostam as luzes da ribalta e sobem ao palco em França, nos EUA, na Alemanha, na Turquia, na Arábia Saudita, em Israel, na Eslováquia, etc, etc.

De facto, é preferível ficarmo-nos pelo Tininho das Arrãs. As consequências são infinitesimamente menores...    





 

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