Reflexões do Leopardo

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O Holocausto final e fetos teratogénicos que defeca

Confesso que tenho andado um pouco perdido com a notícia da morte do meu Amigo Fernando, o Fanan, enfiado nesta Lisboa encalorada, despida de gentes, e uma Caminha virtual, povoada de imagens afectivas que me atravessam o espírito como chuva de meteoritos.

O noticiário internacional também não é propício à boa disposição. A Presidente da Lituânia, Dalia Carybaus Kaité alertou para a militarização "muito agressiva e rápida" no enclave russo de Kaliningrado - cidade que se chamou de Könisberg e que goza do prestígio cultural de ter sido a cidade onde viveu toda a vida, foi professor e reitor o filósofo Immanuel Kant - através do qual mísseis russos podem atingir Lisboa.
As declarações da presidente lituana - formalizadas na recepção ao Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa - pecam pelo dito e, sobretudo, pelo omitido.
Assim, pelo menos há mais de três décadas que os mísseis russos podem atingir Lisboa em pouco mais de um quarto hora... e atingir Washington em 15 minutos... e, em qualquer das cidades, com um grau de exactidão, que senão acertam do lado direito da rua, acertam do lado esquerdo.
Depois, as declarações da Presidente da Lituânia omitem igualmente que a Federação Russa está cercada de 15 bases militares norte-americanas encostadas ao seu território ( e, que se saiba, ninguém de fora foi inspeccioná-las para verificar se lá estão mísseis nucleares ). O que deixa subentendido que os Governos "camones" possuem o direito de o fazer e os outros Governos não.
Sua Excelência Excelentíssima , com aquela polivalência deliquescente que lhe é característica, ponderou que acompanha as preocupações da Presidente lituana, nomeadamente porque em Kaliningrado (nome que lhe foi dado em homenagem ao revolucionário bolchevique Mikhail Kalinin) estão 100 militares portugueses.

Todas estas representações politicó-teatrais ocorrem em simultâneo com um furioso ataque "merdiático" da Administração Trampas  à Coreia do Norte : " que Pyongyang não tem o direito de lançar um míssil balístico capaz de alcançar uma força naval "cowboy", assessorada por navios nipónicos".
Kim Jong-un retorquiu que encarava as manobras militares conjuntas dos norte-americanos e dos japoneses uma séria ameaça à sua estabilidade.
A Administração Trampas pressionou os seus "compères" na ONU e o sub-chefe Guitarras afinou o Coro Unidense : "é inadmissível que a Coreia do Norte saque dos seus revólveres nucleares e desate a defender-se; cenas de revólveres atómicos só com os "cowboys" genuínos; deus pô-los cá para nos policiar, é um mandato divino".
Apenas dissonaram do Coro do Guitarras a Venezuela, a República Popular da China, a Rússia e mais algum País da América Latina de que me hei-de ter esquecido.

O novo Presidente françês, Emmanuel Macron - que gasta todos os dias 300 €urios em "blushe's" e "make-up" para manter aquela carinha laroca de galã - para alimentar o seu populismo, a sua clientela interna, e tentar não perder toda a ingerência colonial francesa em África, troca umas traulitadas retóricas com o seu homólogo yanque: "arre que é demais, queres o bolo todo só para ti !..." ou coisa no mesmo estilaço.
O Trampas nem resposta lhe deu. Vai enfiando as botas cowboys nas ex-colónias francesas e 'tá feito.
Todavia, o professor Escavaco Silva , regressado do túmulo de Alzheimer onde o psd o tem mantido em hibernação, diz-se retornado à política activa, e na universidade de verão do psd, naquele seu jeito inesquecível de martelar as sílabas como se esculpisse leis divinas em duro granito, assentou que Macron é que é o herói da fita, tem-de-se-ba-ter-pu-nho, ba-ter-pu-nho.
Passaralhos Coelho, na primeira fila tomava notas num caderninho...
Que o infinito Amor da Santa (qualquer Santa serve desde que não esteja alugada e não leve caro !) cuide dos dois ... 

Mas, nem tudo foram desgraças no último fim de semana. Uns excelentes amigos de minha mulher, aproveitando o pretexto de a senhora aniversariar, convidaram um enorme grupo de amigos mui variegados e brindaram-nos com um lanche-jantar onde nada faltava: desde os magníficos enchidos alentejanos, crus e no forno, guacamole em várias versões, com vários rebentos vegetais, saladas diferentes, tartes de vegetais e com presunto serrano - travessas e travessas umas atrás das outras - uns caldinhos para a sossega; tudo regado com sangria, wyskie, limonada, coca-cola, moscatel, aguardente velha, vinho gelado; e quando alguém perguntou se finalmente o repasto tinha findado, os anfitriões indagaram a medo se ainda havia espaço para o cabrito no forno à moda transmontana...

Agora, os amigos deles não eram os meus. À parte o caso de uma septuagenária, com vários casamentos e divórcios, 12 netos (o dobro dos nossos !..) e um humor subtil, os restantes jogavam na equipa de Verão do psd/passaralhos coelho. Falar com um, era falar com todos. 

Calhou-me ter de escutar uma matraca falante do sexo masculino que durante uma interminável meia-hora me despejou em cima parte da sua vida. O homem, de famílias abastadas, tinha sido expulso de tudo quanto era colégio particular - Sistema Nacional de Ensino, cruzes t'arrenego ! - , até do dispendioso e último refúgio dos corrécios endinheirados do País, o Santo Condestável, tinha sido despejado. 
Como as habilitações escolares eram rasteiras, nem para furriel davam, os amigos agenciaram-lhe colocação para Macau - onde pousou os pés por não lhes parecer suficientemente seguro - e por fim uma tropa "à maneira" em São Tomé e Príncipe. Vivia num quarto, por cima do restaurante onde em regra comia maravilhosamente, defronte da praia. Vivia a tomar banhos até não aguentar mais. Para descansar dava umas aulas ( de que seria ?!... ) e sacar uns cobres extra.
Este mesmo safado, que me confidenciou vaidoso estas maravalhas todas, ao fim da tarde defendia com uns amigoches, que se a tropa portuguesa tivesse defendido as colónias com o patriotismo que se lhe impunha, o destino seria outro. E, no hoje, com a Geringonça, com o ascendente crescente do PCP e da CGTP-IN, os negócios iam de mal a pior e a democracia a escoar-se veloz pelo ralo...

Decerto compreendem porque escrevi no título que o Holocausto final - ou que se imagina tal - defeca fetos teratogénicos ...



Resultado de imagem para foto ou imagem da Presidente da Lituânia Resultado de imagem para fotos ou imagens da intervenção de Cavaco Silva na Universidade de Verão do PSD



Desculpem, porém vou ter de fumigar esta edição do meu blogue com um sheltox potente,

não vá algum caruncho contra-natura saltar do virtual para o real

do Vosso sempre confiante Leopardo               



sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Mistérios da Santíssima Trindade

Como os meus pacientes leitores sabem morreu-me à pouco tempo um grande Amigo, Fernando Pereira , para mim, apenas Fanan . Convivi com ele um ou dois Verões, no máximo uns 6 meses, quando tinha 10 anos, nesse Umbigo do Mundo sagrado que é Caminha, procurei-o durante 60 anos e, há uma semana, tomei conhecimento que o malandro se finou.

É claro que estou danado, uma espécie de insânia furiosa que me leva a investir contra tudo o que me parece fora de ordem, da minha ordem, no Universo. Estas coisas não se fazem, o gajo Fanan, que , durante 6 décadas, nem novas nem mandados, tem o descaro de morrer sem avisar. Podia ser um telegrama curto, um e-mail para analfabetos, tipo : "vou morrer"
Nada, raspas, "niente", "nulla di nulla". O gajo Fanan que, aqui há 60 anos patrasmente, a última coisa que me disse foi : "agora, já sei , vais lá para essas coisas chiques de Lisboa e nunca mais te lembras da malta". É preciso ter lata ! Nem sei precisamente em que ano, dia, hora, país, local, o tipo exalou o último suspiro. O tipo, irmão, filho e neto de pescadores da foz do Rio Minho, era lá capaz de "exalar um suspiro" !... Quando muito, um arroto ou um traque .

Bom, os deuses do Camões - os únicos com os quais atino, pela sua falta de razoabilidade, pela sua violência e crueldade, tão à imagem dos humanos que os criaram - fizeram descer sobre mim uma névoa de loucura, para me pouparem, ou para eu não competir com eles. Todos temos consciência que os loucos são uma espécie de protegidos dos deuses que podem dizer e fazer o que é interdito ao comum dos mortais. Olhem o Van Gogh, para citar apenas um !...

Nesta insânia divina, deu-me para questionar os Mistérios da Santíssima Trindade . O quê ? Não posso?!... Era o que falfava !... Tenho os papéis todos em ordem : sou ateu - graças a deus !... - comunhão feita com aquele fatinho que parecíamos uns pequenos lordes, com um laço branco na manga do casaco preto, calças às riscas verticais negras e cinzentas, aluno do Ernesto Pilinhas , médico que somente dava aulas de Moral - católica, já se vê ! - no liceu Camões (o mais conceituado liceu masculino da época) e que se apurou de certeza certa que era pedófilo, seduzindo alguns dos seus mui jovens alunos,  tendo o Patriarcado afastado o tratante durante 3 anos, para o reintroduzir suavemente 3 anos após. Muito mais que a honorabilidade do Pilinhas o que estava em jogo era a própria honorabilidade do Cardeal Cerejeira, acólito para as matérias da Cruz do salazarento Salazar .

Além disso, tenho a preceder-me a palavra séria do padre Mário de Oliveira, padre da Lixa, que recusa aceitar os pretensos milagres dos 3 Pastorinhos como parte da ortodoxia católica. Sustenta Mário de Oliveira que os ditos milagres mais não foram que uma montagem do clero de Ourém, montagem que o Vaticano, nomeadamente Bento XVI , após ponderar os prós e os contras, hesitar, não teve força para se opor.
O Patriarcardo de Lisboa despadrou o padre Mário de Oliveira, ou seja, retirou-lhe o direito de dizer missa, todavia a sua voz continua a pesar fundo na consciência de inúmeros católicos, de crentes e não-crentes e, até, de ateus, como é o meu caso.

E, no meu caso, leopardo filosofante, sou atraído pelas questões do âmago. A Bíblia escreve logo nos versículos iniciais que : "No princípio era o Verbo: Pai, Filho e o Divino Espírito Santo".
Ou seja, uma comunidade inteiramente masculina !!! E uma comunidade inteiramente de machos, sem nenhuma mulher, a conversar, a conversar, a conversar encheu o planeta Terra com 6 mil milhões de habitantes até ao presente, machos e fêmeas, mais umas criaturas que de manhã optam por um género, à tarde por outro e à noite logo se verá.

Eu sei, eu sei, que isto é muito "fashionable", mas não convence ! Na época ainda nem existiam "barrigas de aluguer" mesmo para as fortunas abastadas ! Nem enxertos de órgãos ! Nem terapeutas especializados em mentes em trânsito ! Atão com'i é ?...
Estou mesmo admirado que o Movimento Feminista ainda não tenha posto nos Tribunais Teológicos o Estado do Vaticano por esta postura transparentemente machista, contra os Direitos das Mulheres . A  Praça de São Pedro e São Paulo (continuem a constatar, só homens!...) deve uma explicação à Humanidade. Não é só andar por aí, a fingir que se lava os pés a uns miseráveis, decerto seleccionados, e despachá-los com uns latinórios que só os professores de greco-romanas entendem.

A moenga já vai longa, porém teria ainda muito mais para questionar. Se a Biblia assenta que o Adão e a Eva ( por fim uma mulher... que ninguém percebe de que manga do ilusionista é que saiu ) só reconhecem que estão nus quando bebem Vinho (certamente um tinto de Pias ! ) porque bulas é que juventude bebe cada vez mais cerveja, líquido sem dúvida com uma bela cor, mas cujo sabor a aproxima irremediavelmente da urina. Ou, em lugar de ingerir uma aguardente velha, enjorca wiskyie, de cor aceitável, mas a saber a tintura de iodo. Ou porque razão, o Pai Natal, inventado no norte da Europa, se enfarpelava com um gibão verde e, hoje, o gibão é encarnado, da cor das latas de Coca-Cola, vendidas à fartazana pelas Grandes Empresas Camones.

Eu sei que a geometria linear das questões teológicas acaba por se estropiar de encontro aos trajectos inesperados da Vida. Porém, a Beleza Inigualável da Vida e dos Seres Humanos consiste precisamente em tentar compreendê-la e cumpri-la.


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Saudações mais confiantes que nunca

do Leopardo     

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

O jovem, a pistola, o terrorismo

Ontem à noite, quando regressava a casa, pela 23 horas e pouco, num virar de esquina para entrar no meu bairro - que fica a 10 minutos do Aeroporto de Lisboa - um jovem, talvez entre os 18 e os 22 anos, empunhava uma pistola negra e simulava disparar sobre os carros  que dobravam a curva e subiam para entrar no bairro.
A minha imediata vontade foi travar o carro no sítio, com as luzes a piscar, para enfiar uns murros na focinheira do malandro. Aos 18 anos já se sabe muito bem que aquela simulação dos tiros é uma réplica do terrorismo que tanto tem sido divulgado pelos "mírdias" em ondas que têm o seu epicentro na Casa Branca, em Washington .

E quem julga que quando teclo "dar murros na focinheira do malandro" estou a usar uma hipérbole de escrevinhador está completamente enganado. A mim, o que me custa é não o fazer, é ficar depois a roer a vergonha de não o ter feito.
Pensando posteriormente sobre o caso, aventei a hipótese de que a pistola fosse apenas de plástico, daquelas que disparam bolas de sabão, ou outra contrafacção qualquer. Pouco importa, o que marca é que o crápula estava a simular o terrorismo nazi ou neonazi  . E as primeiras murraças seriam minhas, o safardana nunca as apagaria do trombil... Na altura, o que me travou, foi que ao parar o carro naquele danado sítio, poderia provocar um choque de carros em cadeia... e o filho de uma pata tinha alcançado os objectivos que se propunha. Todavia, continuo a roer as unhas e devo resistir à vontade de passar a viajar com um cavalo-marinho que guardo numa despensa.

A grande responsabilidade é do aleijão de alma do meu bairro? Claro que não ! A responsabilidade central  é do Grande Capital , dos "bosses" que mandam em Washington, na CIA, no Pentágono, na NATO , os quais, todos os dias sobem o tom das provocações ao mundo democrático, ao mundo civilizado, aos próprios norte-americanos, gauleiteres não-eleitos que são igualmente donos dos "mírdias", alcunhado de "Imprensa Ocidental Livre". Porém, como não posso intervir a este nível, talvez, um dia destes, ainda amachuque as trombas ao malandro do meu bairro.

E, depois Suas Incelências que ditam cá no rectângulo nacional e Ilhas, apesar de eleitas democraticamente, também não cumprem as suas obrigações de defenderem o terrunho nacional das ingerências estrangeiras. Patáti-patitá, porque mais isto e aquilo, vertem umas lacrimitas de pesar, mas "temos de acompanhar os nossos parceiros europeus, os nossos aliados "Ocidentais"". Excelentíssimas Incelências lembrai-vos que "pode o Povo querer um mundo novo a sério".


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Saudações confiantes

do Leopardo

domingo, 20 de agosto de 2017

O "Ferragosto", Fellini & as Maxi-Carpideiras

O dia 15 de Agosto é conhecido em Itália por Ferragosto. É feriado em toda a Itália, está tudo fechado e até o Superloto, se calha nesse dia, é adiado.
A expressão "Ferragosto" deriva do latim "Feriae Augusti", destinava-se a celebrar o Imperador Augusto e não se limitava ao dia 15, mas estendia-se a todo o mês.
Os antigos romanos utilizavam o fogo como fonte de purificação - os trabalhadores davam "auguri" aos patrões e recebiam em troca moedas .
Ainda hoje as pessoas acendem enormes fogueiras nas praias, saltando-lhes por cima ( o que exige coragem e é perigoso ) para combaterem as forças do mal e retardar a chegada do Outono.

O grande cineasta Federico Fellini - autor de tantas obras-primas como "Fellini 8 e mezzo", "La Strada" (com a mulher da sua vida, a espantosa actriz Giulleta Massina) , "Roma Cidade Aberta" em colaboração com o monumental "verista" Roberto Rossellini, etc, etc - focou também as festividades do Ferragosto nesse "capolavoro afascinante" "Amarcord", que é imperdoável perder-se ( os cinemas Nimas, em Lisboa, e o Teatro de Campo Alegre, no Porto, repõem até Setembro uma recolha da sua obra ).

Fellini sempre negou que a sua obra fosse autobiográfica, porém num estilo que mistura o onírico e o real mais caricato, a realidade do fascismo italiano é ferozmente caricaturada através de personagens maiores que a vida como a "beldade" de tonelada e meia que tem um orgasmo com a face sufocada do adolescente (talvez Fellini) entre os seios de arrobas, ou a ninfomaníaca que na praia se entrega a qualquer macho que surja,  ou "La Gradiva", suposta rameira de luxo que todos os homens de Rimini cobiçam, ou o único antifascista ( pai de uma numerosa família, na qual só ele a mulher trabalham ) que ousa desafiar o poder militar fascista italiano, pondo a tocar na torre da Igreja a Internacional , coragem e provocação que os fascistas lhe farão pagar enfiando-lhe, com um funil, pela garganta abaixo uma mistela que o fará desfazer-se em diarreia durante dias.

Fellini negou elementos autobiográficos, todavia Rimini foi a sua cidade natal, e depois verdadeiramente não interessa - a não ser aos historiadores da Arte Cinematográfica - se o Mestre os viveu na carne ou não. Os personagens resistem ao tempo, às modas e tipificam uma época. Em meu entender, o Maestro Fellini convocou as suas memórias afectivas e, a partir delas, elaborou uma catedral cinematográfica. 
Dando o meu modesto testemunho de apaixonado da "bota italiana",  a cidade de Rimini é uma das poucas povoações italianas com uma praia razoável. Até tem uns trechos de areia acinzentada, para além de uns calhaus negros rolados, onde as pessoas jazem em cima de cadeiras de madeira. Nadei lá umas vezes, numa água morna e pouco transparente. Bom mesmo, só na Sicília, onde nunca pus os pés.

Agora, saltando destas notas sobre o Ferragosto - feriados que se propagaram a uma série de países ao norte de Itália, como a Áustria, a Hungria e outros mais para Norte - e passando aos incêndios que destroem Portugal e Ilhas de lés a lés, deixando o seu rastro de vidas ceifadas, terras queimadas e incultas, casas, celeiros, transportes, estradas destruídas, quiçá para sempre, com as entidades oficiais a afirmar que existem provas de uma rede de crime organizado, e as creditadas polícias lusas a deterem mais de 90 suspeitos e os Tribunais a deixarem-nos sair em liberdade condicional, assinalados por umas pulseirinhas.

Agora, mais um fogo ateado às portas da Covilhã, que mobiliza mais de um milhar de profissionais, que contracta mais 3 aviões-cisternas a Espanha - com o que isso implica em gordos €urios para o erário nacional e, portanto, para o Zé Povinho - não é aceitável que o chefe Costa venha palavrar sobre o Marquês de Pombal e delirar com harpejos de que só a destruição da Lisboa feudal pelo Terramoto de 1755 (seguido de maremoto e uns 100 mil mortos...) permitiu a construção da moderna Lisboa pombalina.
Oh chefe deixe-se de aldrabices ! O País  e o Povo Português não precisam de um palhaço com queda para ditirambos. Precisam de um Chefe de Governo que legisle no sentido de travar e inverter o terrorismo  do fogo encomendado.

E algo semelhante se exige de Sua Excelência Excelentíssima, o Senhor do Martelo que não pode limitar-se a ser uma carpideira de luxo, a lamuriar, abraçar e tirar "selfie's" com as vítimas ou os seus familiares. Deve assumir-se como o garante da Constituição da República - que jurou defender ! - e liderar no sentido de impedir a terraplanagem do território português.



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Saudações sempre confiantes do

Leopardo