Reflexões do Leopardo

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sexta-feira, 14 de julho de 2017

O Festival de Almada ataca Stálin, defende o Estado Sionista de Israel

Hoje, 14 de Julho, estará presente, em Paris , Donald Trampas , ao lado de Emmanuel Macron . Ou seja, junta-se o palhaço fascista ao actor populista no dia da tomada da Bastilha - fortaleza-prisão, símbolo do terror feudal. A presença da actual Administração Norte-americana nazi , só por si, na cerimónia de celebração já constitui um insulto. 
O Trampas borboleteia flores sobre reforçar as alianças gaulo-cowboys ... a rapaziada ri-se !

O psd e o cds-pópó soerguem-se numa tesura a exigir que o Estado indemnize as vítimas de Pedrógão e as suas famílias. Exigência que ressaltaria como uma paródia, sabendo-se as culpas que têm no cartório ao diminuir os guardas florestais, os postos de vigilância, o apoio aos Bombeiros, etc, etc. O quadro de tragédia que envolve os incêndios de Pedrógão Grande, Góis ( e os mais que se seguirão...) disfarça a desvergonha moral e a parlapatanice.

Passaralhos Coelhitos , em desvairo, não sabendo que mais engenhocar para surdir nas pantalhas, admoesta o chefe Costa por este ter "admoestado" a Altice na Assembleia da República. Tadinha da Altice !...  A Altice tadinha que acaba de comprar as acções suficientes para meter nos seus bolsos uma grande parte dos "mírdias" nacionais. A Altice tadinha que acaba de anunciar que vai abrir um Banco - um Banco !, não se armem em parvos, claro que não é um banco de jardim... não se brinca com coisas sérias !... -até 2019, em Portugal ! Imaginem que a Altice tadinha, se encolhe, se resume apenas à Altice Internacional e resolve ir explorar somente os patuleias da estranja ?!... Para nós, nanja !!! Temos a canja entornada!!!... 

Que a coisa está preta é um facto (não se subentenda aqui qualquer intuito racista). Até o preclaro Rui Rios, Vice-Rei dos Nortes, botou faladura, borbotando que o psd "está pior". O Bice-Rei deve ter na forja uma candidatura - imparcial, isenta, apartidária - à Presidência da República.

Para findar, por hoje, com o anedotário nacional, a imprensa nacional, bondosamente, comunica-nos que existe uma "rede" profissional que vende explosivos para as claques de futebol, sobretudo, as claques dos clubes grandes. Ficamos todos mais tranquilos a ver as sport-tv's em casa, sentados num sofá, com uma "loira" gelada ao alcance da mão...

Depois deste enquadramento geral, eis o que tenho para Vos teclar sobre o Festival de Teatro de Almada :

- acabou o meu mini-curso de teatro sobre a "Hedda Gabler" , do Ibsen ( 12 horas no pacote ) ministrado, vasculhado, virado do avesso pela mega-vedeta dinamarquesa Juni Dahr, directora do Visjoner Teater.
Não dá para sintetizar em meia dúzia de linhas as orientações cruciais recebidas. Posso falar do prazer que senti em ser surpreendido pelas intervenções e interpretações dos meus colegas, da concentração, trabalho, questionação que me exigiu interpretar meia-dúzia de "battutte", da alegria que absorvi da Marta/Hedda Gabler com a qual contracenei, do espanto que todos sentimos ao saber de uma colega sexagenária que acabava de se reconhecer como actriz, pela primeira volta, no Curso ( e com que intuição espantástica o fazia ), da energia que recebi das asas em flecha do nariz perdigueiro da Juni.
Se fosse capaz de mirabolâncias internéticas, estamparia aqui no blogue, vaidoso, narciso, o meu Certificado de participação no Curso, assinado pela Judi Dahr !

E o meu dia de Festival devia ter findado ali, mas caí na asneira de me deixar ficar para o espectáculo da noite, "Ricardo III está proibido", não reparei que o texto era do romeno Matei Visniec , autor que já me tinha irritado bastante e ... à romena, numa outra peça, acompanhada de colóquio politicó-social revisionista.
Era tudo péssimo nesta peça? Não senhora. A encenação - a cargo de Razvan Muresan - lembrava bastante Ionesco (outro que fugiu do "inferno" socialista para a "liberdade ocidental parisiense") , com as suas máscaras e distorções de aumentar da realidade vivida, era interessante, prendia a atenção. 
O que enojava era não se encontrar um único personagem, desde o revolucionário homem de teatro Myerhold ( que existiu de facto e foi condenado e executado) , passando pela sua companheira , até um carcereiro, homem do povo inculto, para já não falar dos serviços de espionagem e repressivos e de Stálin ( ele é que está em causa e é colocado no topo da pirâmide repressiva ) que manifeste uma centelha de dignidade e respeito pelo ser humano.
O senhorito Visniec tem decerto direito aos seus entendimentos encalhados da História  e das Vivências Humanas, - ele que viveu no regime de Ceausescou, país socialista não-alinhado; ele que foi um autor actualizado das novidades culturais que emergiam em Paris; ele que foi um autor premiado do regime romeno - porém, não contará mais comigo para assistir às suas descargas de bílis "modernas". Cada autor tem o público que merece...

Todavia, o mais lamentável não são os entendimentos que Visniec  faz do extinto regime romeno ou do soviético, o mais lamentável é que o director do TMJB e do Festival de Teatro de Almada, pareça mais preocupado com os supostos erros ou crimes cometidos por Stálin - que por acaso, decerto só por acaso, elevou a URSS à segunda maior potência económica mundial do seu tempo, com avanços e conquistas para os trabalhadores que só lá existiam, que por acaso, decerto só por acaso, derrotou a máquina de guerra hitleriana de uma eficácia e crueldade racional nunca antes vivida - do que com a agressão económica, diplomática, financeira, bélica, a nível planetário chefiada pela primeira Administração Norte-Americana assumidamente neo-nazi . Talvez Rodrigo Francisco preferisse que marchássemos agora a passo de ganso e ele próprio estar escondido atrás de uma bica a rabiscar a sua próxima encenação, para ser colocada num palco a inventar ?!...


Resultado de imagem para fotos ou imagens do actual encontro entre Trump e MacronAo minuto: patrão da Altice reúne-se com Marcelo e Costa Resultado de imagem para fotos ou imagens da peça Hedda Gabler


Saudações confiantes

mesmo com o inimigo às portas de Paris

do Leopardo

   

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