Reflexões do Leopardo

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Buika & MM

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No dia 12 de Fevereiro.2016 fui ao Coliseu dos Recreios ver o espectáculo de uma cantautora conhecida por Concha Buika. Uma familiar tinha-me oferecido como prenda bilhetes. Não, não estou a dizer isto como desculpa. Eu, um amante de Ópera desde a infância-infância, que imitava os cantares dos dramas líricos nas escadas de salvação em ferro da minha casa de então, e a quem as vizinhas achavam graça (depois de adolescente e adulto só me mandam calar.), a ouvir a Buika acompanhada da fama que a precede??... 
Mas, eu tinha mesmo curiosidade. Uma pessoa tem que manter-se actualizado, não é?!... Não pode eternizar-se em dinossauro excelentíssimo.

E não voltei desiludido. Antes surpreendido. Não é que Maria Concepción Balboa Buika, de nome artístico o reproduzido atrás, canta bem?!!... Uma voz potentíssima (uma e outra vez a afastar o microfone), a encher um Coliseu cheio, voz com uns acentos de ferrugem à Armstrong, uma presença no palco senhora de si, fêmea alfa, a capitanear os músicos- guitarra eléctrica e voz, trompete, bateria, ferros, contrabaixo eléctrico, caixa (como as do flamenco) -, a dar respostas improvisadas no momento, ora brincalhonas ora de gozo fininho, a uns "emplastros" sonoros instalados nas galerias que lhe declaravam amor, que queriam dormir com ela, etc, etc. 
Sim senhoras, a cantautora tem voz - canta coplas, soul, jazz, flamenco, ora em castelhano ora em inglês, ora "mixed" -, é inteligente, é criativa. Estraga tudo é com a música - também da sua autoria - que é daquele tipo de que eu defino como "dar-lhes na cabeça ou na cabeça lhes dar": catapum, catapum, catapum... 

A biografia-currículo impressiona: filha de pais do Equador - o pai escritor, Juan Balboa - nasceu em Palma de Maiorca, a 11.Maio.1972, vive habitualmente em Miami, Florida, USA, dá espectáculos em toda a parte do planeta, de Moscovo à Nova Zelândia.
Afirma que não deve haver fronteiras para a Arte - desde que pague direitos de Autor e de preferência em dólares -, afirma-se bissexual (e só o transcrevo porque faz questão que conste, pois eu considero que essas são opções do estricto domínio privado).

Mas é cantora, poeta, música; duas das suas canções ouvem-se num filme de Pedro Almodovar; já colaborou com a Mariza; actualmente é produtora de uma novela filmada, que será editada em DVD e trabalha numa Ópera. Concluamos que é obra... quer se goste quer não.

Ora, por azares de um jogo do SLBenfica/FCPorto quem é que eu vi na "pantalha"no mesmíssimo dia do espectáculo da Buika?... O MM ! Não, não foi um desses poderosíssimos jipes todo-terreno que escalam montanhas, desertos, glaciares, mas o marques.mendes, cachecolinho vermelho ao peito, todo feito para ir desfrutar o "clássico". E, "noblesse oblige",  que ganhe o melhor (cachecol está! equidistância exige)!
Não é que eu fiquei a pensar que o m.m estaria a pensar que quinze milhões de simpatizantes encarnados - mais que a população portuguesa somada à emigração de três gerações - poderão eventualmente render muitos, muitos votos... paletes de votos... 



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O que é que isto tem em comum com a Buika? A ambição pelo poder. Que acaba por reverter nuns "off-shores" discretamente submersos numas gavetas do Universo. Ámen.

Encerro com os amplexos habituais. Adeus e até ao meu regresso.

O Leopardo


    

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