Reflexões do Leopardo

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

We'll never surrender, we shall overcome !

Confesso que quando fui  ao filme "The Darkest Hour" , do realizador britânico Joe Wright, não alimentava grandes expectativas de ver grande coisa, apesar de actores consagrados como Gary Oldman (que interpreta Churchill) ou Lily James (a mesma actriz que dá corpo à cínica Ministra para a Comunicação Social do 1º Ministro britânico, na magnífica película "A pesca do salmão no Iemen" ).
Não pertenço ao clube de admiradores de Winston Churchill, político conservador tão retrógrado que a única lei que reconheceu foi a da Magna Carta - lei não escrita ! - , a única fidelidade que respeitou foi à Coroa Britânica - a cabeça do Império "onde o sol nunca se punha" - , que foi dos últimos oficiais da nobreza a comandar uma carga de lanceiros a cavalo sobre as populações indianas lideradas pelo Mahatma Gandhi . 

Portanto, esperava ir gramar uma hagiografia sobre Churchill, nobre, conservador, mestre no manejo da língua inglesa - não foi por acaso que o Presidente norte-americano Truman ( o que deu a ordem para que fossem largadas duas bombas nucleares sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki !, cujas populações ainda hoje pagam as sequelas, nomeadamente em doenças cancerígenas ) convidou Churchill para pronunciar o famoso discurso na pequena e pouco conhecida Universidade estado-unidense de Fulton - discurso a assinalar o fim da Segunda Guerra Mundial como se ele fora uma vitória da coligação EUA-Grã-Bretanha e não uma vitória dos Exércitos Soviéticos liderados por Stáline - onde o malabarista da língua inglesa Churchill forjou a expressão "acaba de cair uma cortina de ferro entre o Ocidente e o Oriente", expressão que, posteriormente, foi difundida pelo planeta. 

E o filme "The Darkest Hour" é uma hagiografia, porém, não tanto de Churchill , mas do papel que o estadista representou no "Ocidente", transitoriamente, de resistência à política ditatorial e de genocídios vários que Hitler, a Gestapo e a Wehrmacht executaram. 
E não nos deixemos enganar por uma série de notas biográficas, verdadeiras, acerca de Churchill ( o seu gosto excessivo pelos charutos cubanos Cohiba, pelo champanhe francês e pelo whisky escocês que nunca deixou de emborcar nas fronteiras da bebedeira, o facto de nunca ter sido transportado senão de Rolls- Royce, enquanto as bombas e as V2 hitlerianas matavam milhares de ingleses e não deixavam pedra sobre pedra em Londres, enquanto milhares de inglesas, nos túneis do metro, engravidavam de homens desconhecidos, convencidas que nenhum deles veria a madrugada seguinte ) , esta película é também uma metáfora sobre a situação política, social e bélica à beira da 3ª guerra mundial, na qual, pela primeira vez, na sua curta história de nação com trezentos anos de existência, os EUA se assumem como um poder neonazi. 
Ou seja, "The Darkest Hour" fala de um passado de 72 anos e de um presente completamente actual.


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De resto, o noticiário confirma esta deriva global para o belicismo a todo o vapor, para a violência nas relações sociais, para o holocausto nuclear... ou para uma alteração de rota radical nas relações internacionais e para um mundo novo social e economicamente.

Do lado claramente catastrófico, é um facto que mais de 80 % da riqueza gerada no planeta em 2017, está concentrada em 1 % da população. O que significa um vulcão mundial pronto para explodir.

Na apreciação nacional do papel de Sua Excelência Excelentíssima o Profe Martelo, a maioria das forças políticas no terreno continuam a iludir-se e a iludir outros, urdindo uma apreciação de Sua Excelência, no mínimo, benevolente ou conivente com um Martelo afecto à Direita.

Os "Verdes" destacam "respeito mútuo, apesar de precipitações"... E existe quem se interrogue se as "precipitações" surtem do lado do Profe Martelo ou dos "Verdes"...

O "BE" vê um "homem da imagem, concentrado em políticas ao centro" . E muitos pensam que o "BE" precisa de ir ao oftalmologista corrigir o defeito de visão... Miopia?... Hipermetropia?... Estrabismo?... Cataratas?... Algo há-de ser !

O "PS" faz um balanço "mui positivo" de Sua Excelência, incluindo "os alertas" ao Governo. Mas já toda a gente sabe que se trata de uma das usuais manhosices do oleoso Chefe Costa !

O "PSD" releva a actuação do "Excelentíssimo" no caso dos incêndios. PSD que deve estar a valorizar a benevolência-conivência com os madeireiros do eucalipto que mandam pegar fogo às florestas...

Só o PCP, a CDU, a CGTP-IN e os aliados Sindicatos da Função Pública criticam "a retoma formal e informal do Bloco Central que visa intensificar a exploração e retomar o rumo de liquidação dos direitos".

O caso pessoal de Hugo Inácio , adepto dos "No Name Boys" , que provocou a morte de um adepto do Sporting , em 1996, no Estádio do Jamor, por disparo de um "very-light", que foi condenado a vários anos de prisão e interdição de frequentar recintos desportivos - até porque é um traficante profissional de droga - é um exemplo típico dos habituais membros das claques desportivas e bastaria, só por si, para legitimar a extinção de todas as claques e endurecer as penas sobre eles.
É claro que ninguém acredita que um meliante destes, que fugiu da cadeia do Linhó, que agrediu um polícia no final de um jogo, ande 16 anos fugido à Polícia sem apoios fortes. E, no presente, seja preso de novo dentro de um estádio com material pirotécnico !... 
    

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Saudações confiantes e repletas de alegria do

Leopardo



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