Reflexões do Leopardo

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sábado, 20 de maio de 2017

Campus de honra, campus de desonra

A nível mundial as posturas políticas-sociais-culturais extremaram-se: metade do planeta "speaka" uma algarviada derivada do "cowboy", fundida com um militarismo nuclear e uma arrogância ideológica neonazi de quem é dono de tudo o que é mutável em ouro e acções financeiras guardadas em cofres-fortes incógnitos ; a outra metade do planeta palra uma algarviada onde se atropelam o russo, o chinês, o hindú, o espanhol de vários matizes, frangalhos do inglês britânico, mais ou menos cosidos com uma posição política a apelar à Paz (embora com uma panóplia nuclear mal disfarçada nas sovaqueiras diplomáticas) e uma ideologia onde confluem alegremente o cooperativismo, a solidariedade e o populismo.

Obviamente  a Administração dos "States" (a real, os donos do Grande Capital, não a que figura nos cardápios das câmaras parlamentares e do Senado)avalia que carregou ostensivamente a fundo no acelerador das suas intenções de domínio mundial ao apostar num Trump assumidamente neonazi e com uma segunda alma machista e de palhaço de feira. Os bosses do Grande Capital  já deram ordens ao Trampas para recuar, preparar uma possível demissão. O Presidente-clown já começa a chilrear que se soubesse que o cargo era tão chato não se tinha candidatado. Nem tempo arranja para se distrair com umas loiras de Leste.
Entretanto a agenda das suas próximas reuniões políticas é sintomática e assustadora: Israel sionista, a Turquia de Erdogan, a Arábia Saudita nas mão da família Saudi faz décadas, a qual é detentora oficial de um dos petróleos mais caros da Terra, pois a sua nafta quase não precisa de ser refinada.

Pode acontecer que Sua Excelência Excelentíssima, o Profe Martelo se encontre com o Tampasjustamente na Arábia Saudita para a qual Sua Excelência se dirige a tratar de negócios, mais exactamente a vender aos sauditas acções, muitas acções, a preços de saldos, nas grandes empresas públicas portuguesas.  Talvez o Excelentíssimo encontre ocasião de tirar umas "selfie's" abraçado ao Tampas "naquele abraço".

Este campus que desenhei mui simbolicamente é o campus da desonra, sem futuro.

No outro campus, sem titubeio, está a Assembleia da República Portuguesa ao receber e prestar homenagem a Salvador Sobral e a sua irmã Luísa Sobral, vencedores do Festival da Eurovisão deste ano ( quaisquer que tenham sido os pensamentos subterrâneos das bancadas do psd e do cds/pópó ) . Ao honrá-los a AR honrou-se a si própria, dado que a vitória dos dois irmãos, por muito efémera que pareça, fez mais pela cultura lusa do que não sei quantas teses de doutoramento arrumadas nas prateleiras, ou teses em curso ou pelos populismos enjorcados à pressa por Rui Tavares ou dona Cristas .
Os manos Sobral construíram, em artesanato, uma bela canção, num português sem atropelos, contrariando todas as lógicas festivaleiras e restituíram à Nação lusa um orgulho pátrio do qual ela poucas vezes se recorda. E tudo isto é já imenso. Para além de que o fizeram numa atitude de modéstia exemplar muito pouco cultivada hodiernamente. E esta atitude genuína não é um pormenor...

Como não quero manchar esta edição do blogue com mais críticas afiadas do que aquelas que ela contém, não me referirei ao "futebolês" nacional ( ou deveria dizer nacio-anal?!... ), apesar de que o "futebolês" representa um papel indissociável do Desporto e, portanto, da Cultura dominante. A honra e a desonra jogam-se em campus variegados.


Resultado de imagem para fotos ou imagens de Donald Trump Resultado de imagem para fotos ou imagens da família Saudi 


                                                  

Abraços confiantes do

Leopardo 






    

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