Reflexões do Leopardo

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Reflexões do Leopardo

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Febre Vermelha

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Esta minha reflexão é desencadeada pela família Storti - à qual dediquei uma outra reflexão reservada a Storti's . A minha filha, genro e  "tre nippoti" ( Leo, Raffa e Aida ) são oriundos da cidade de Urbino , eu pertenço à cidade de Napoli, célebre pelo seu dialecto e pela sua... Máfia !

A verdade verdadinha é que cá o Leopardo disse ao despique com Homero a "Ilíada" e a "Odisseia" e juntei as minhas forças às do semi-deus Aquiles para destruir Tróia e o seu Templo sagrado ( o que bem nos lixou a seguir, tornando o regresso a Ítaca e à fiel Penélope numa longa viagem de 10 anos, no Mediterrâneo ) e vencer o chefe de Tróia, Heitor, arrastando o seu cadáver e dando-o a comer aos cães à vista de seu pai, não tanto pela bela e infiel Helena, esposa de Agamemnon - o rei que liderava a frota grega - nem pelo efeminado Páris, que nunca arriscou sair das muralhas de Tróia nem tirar-se detrás das saias das mulheres tróianas, nem mesmo para vingar a morte em batalha de Pátroclo, grande amigo de Aquiles, ou pela desfeita de terem retirado a Aquiles a bela escrava Briseida, despojo de guerra de Aquiles, mas, sim por terem faltado ao respeito devido a dois semi-deuses ( Aquiles e cá o Leopardo Ibérico ).

É claro que representei também nas tábuas de Strattfort-on-Avon , abraçado a Shakespeare, as várias peças do Teatro Inglês, honra e glória do Teatro Mundial.
Eu não podia deixar de ajudar o Garrett ( apesar das casacas e dos coletes dele demasiado enchumaçados... ) a refundar o Teatro Nacional - dando nova vida às peças do ourives Gil Vicente - e cá o Leopardo Ibérico e o Garrett ainda pronunciámos juntos o lendário "Ninguém... Ninguém... Os amigos são para as ocasiões !...

Também não pude deixar de testemunhar o meu apreço ao bexigoso no rosto e no mau-génio Camilo - sempre disposto a abrir os occipitais de quem sustentasse opiniões divergentes das dele - mas um romântico, um tanto tétrico, que demonstrou o maior domínio do léxico português jamais exibido ou a exibir, não podia deixar de receber o meu apoio, receitando a sua leitura às colheres, aos frascos de xarope inteiros ( mantive-me foi o mais longe possível da paleolítica cachaporra, na qual espetara na ponta um espigão de ferro, que invariavelmente arrastava consigo... ).

E como não fazer homenagem "ao divino Eça", o qual, através de um "l'orgnon" parisience desfez a pesada síntaxe da temível e valente nobreza portuguesa, derrotada em Alcácer Quibir por culpa do imbecil Rei Don Sebastião ( não por acaso, Camões, que se sustentava a si e ao fiel escravo Job com uma tença miserável, num esconso da Praça do Comércio,  terá dito em 1598, "morro com a Pátria". De facto, não podia adivinhar que "Os Lusíadas" e a sua "Lírica" o imortalizariam ( não possuía os poderes mediúnicos da Alexandra Solnado nem uma mesa pé-de-galo... )
Ia eu teclando  que "o divino Eça" através do seu "l'orgnon" parisience, faíscante de ironia cáustica e, simultaneamente, de ternura e compreensão, foi tornando mais "souple" a moralidade das aias da Raínha ( uma beata de 5 crucifixos e abundância de Padres Nossos... ).
É óbvio que o Eça esteve na abertura do Canal do Suez - que descreveu em páginas magníficas - à pála da sua qualidade de representante da Coroa Portuguesa em Paris e eu à pála de umas trafulhices que a Organização do Evento levou demasiado tempo a perceber para depois desmentir.

Findarei este blogue ( um "blogueiro" será um escritor ??... ), dedicando a Ondjaki - que vai desbravando num território línguístico novo, onde se amalgamam os restos do antigo português de Luanda e expressões do que poderá vir a ser um novo dialecto (leiam-se "Os Estrangeirados" , "Os da minha rua" !...) - palavras que lhe não foram dirigidas, mas que se enquadram à perfeição no enorme escritor que é : "devia ser proibido ser tão novo e escrever tão bem"

Nesta encruzilhada de veredas que se emaranham, hoje fico-me aqui .
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Leopardo Ibérico

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