Sem abrandar a chuva de obuses sobre o Governo de Lula da Silva e Dilma Rousseff o Sistema Capitalista vira agora as suas baterias - sobretudo as estacionadas nos Meios de Comunicação - contra a Ilha da Liberdade, a Cuba Socialista, a Cuba de Fidel e Chê.
Aproveitando a ida a Cuba do presidente dos EUA, Barak Obama - que os más línguas do costume alcunham com um certa verosimilhança de Barraca Abana - profetizam que o regime socialista cubano vai cair de joelhos aos pés de Obama mal ele pouse os calcantibus de luzidio e genuíno calfe (provavelmente sapatos italianos "made in Portugal" com a mais macia pele de vaca barrosã) e os 10 milhões de cubanos não voltarão todos com Obama no seu regresso aos EUA, porque não cabem todos no "Number One" (mas, num sinal de boa vizinhança e amor, talvez traga com ele para os "States" algumas dançarinas cubanas carinhas larocas mais remexidas...).
Eufóricos e pagos pingue, os comentadeiros e comentadeiras, recém promovidos ao posto, garantem que assim será, que a Venezuela, em derrocada acelerada, irá a seguir, que os cubanos estão um bocadinho tremebundos para falar, mas que a simples luminosa, beatífica presença do Barak vai desatar-lhes as línguas opressas faz meio século. Vai ser um fartar vilanagem a vituperar o Socialismo que os livrou da fome, da miséria, que instituiu um dos melhores sistemas de saúde do planeta, que descobriu a cura, e a generalizou à sua população, de doenças que ainda afligem quase todos os continentes, que possui um sistema público de ensino que abrange os 10 milhões de cubanos, aberto a todos, apenas dependendo do empenhamento e das capacidades de cada indivíduo, "and so on, and so on"...
Porém, os comentadeiros/as dos "mírdia" estão tranquilos, confiantes. O Barak assegurou que a "normalização" das relações entre os "States" e Cuba, o fim do bloqueio, "apenas" depende de o Governo de Castro aceitar aquele "pormenor" dos Direitos Humanos na versão cowboy. A base de Guantámano - ou seja, o estacionamento ilegal, à luz do Direito Internacional, de forças militares ianques em território cubano - também depende do referido "pormenor".
Poderá existir proposta mais justa?... Mais minimalista?... Que diacho, apenas se pede polidamente, delicadamente, com mesura, ao Regime Socialista Cubano que deixe de o ser, que se converta ao Capitalismo...
Post-Scriptum: A Senhora Embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre, deu hoje, na Rádio Pública, Antena 1, uma magnífica entrevista sobre estas matérias, onde as trata mais dilatada e profundamente que estes parcos comentários que aqui exarei.
Como estamos na semana pré-amêndoas e vogamos nas ondas presidenciais das emoções, afectos e beijinhos, deixo-lhes aqui
Os amplexos amistosos de sempre do
Leopardo
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