Os noticiários de hoje abriram em grandes parangonas com os atentados terroristas em Bruxelas (Bélgica). Já existem fotos de caixões, alinhados, dispostos em fila, no chão. O número de caixões não pára de crescer: no Metro foram 19, os do Aeroporto ainda não estão contabilizados.
O Governo belga aconselha a população a mexer-se o mínimo possível, a ficar em casa ou no trabalho, onde estiver, e a não se alarmar... As polícias e os militares patrulham as ruas em fatos de combate, armados até aos coletes à prova de bala, deslocando-se na capital da Bélgica - que os "mírdia"não se cansam de recordar que é a capital da Europa - como em território de guerra. Um senhor especialista dessas coisas, responsável e delegado do Governo para essas coisas, assevera com uma voz seguríssima que a situação está debaixo de controlo, embora, claro está, não possa garantir-se que não venham a ocorrer "réplicas" ('tão a ver?... como nos tremores de terra !).
Quanto mais aumentarem o número de caixões alinhados no chão mais crescerão os altos muros da União Europeia fortaleza, militarizada, pró-Guerra, não- solidária, a várias velocidades, xenófoba, racista, elitista. Os Senhores da Guerra, dos complexos militares-indústriais, dos negócios do armamento, do tráfico da droga e da "carne branca" agradecem obsequiosos...
A Embaixada Portuguesa em Bruxelas alerta os portugueses na Bélgica a comunicarem para os serviços da Embaixada a dizer onde estão, como estão e, de preferência, a não se agitarem muito.
O Senhor Presidente da República Marcelo RdeS já enviou ao Rei da Bélgica ( 'tão a ver, uma coisa toda assim entre Realezas !... a solidariedade do Povo Português (ao menos nestas solenidades e contumélias existimos) e condenou numa expressão dura "o ataque cobarde e cego". O Senhor Presidente M.RdeS esclareceu igualmente o País (que para estas ocasiões e para o Ministério da Finanças também possui existência) que acompanha a par e passo o caso da portuguesa ferida no atentado (à qual já enviou um ramo de cravos - azuis e amarelos, junto com um cartão da Solidariedade Presidencial; tratamento igual que estendeu à família).
Se Sua Magestade, perdão, Excelência me consentir enfiar o bedelho em tão estratosféricas alturas, sugerir-lhe-ia que mandasse imprimir uns cartões presidenciais, em belo e caro papel couché, com a Sua Imagem, devida e oficialmente engalanada, num Coche Real, cartões para serem expedidos em ocasiões de igual magnitude (que não irão escassear) a Excelências Excelentíssimas tão excelentes como as actuais.
Sugeriria mais ( se à Sua Presidencial Presidência de "emoções e afectos" restar ainda pachorra para me atender ) : que ordene que procedam à construção de uma cópia do citado Coche Real - em materiais mais em conta, porém, resistentes - onde as famílias que aleguem aniversários, casamentos, baptisados, votos de eterna saudade, possam fazer-se fotografar mediante uma taxa estatal adequada. É preciso pôr a render aqueles Coches! Que eles não constituam apenas um escoadouro de gastos supérfluos! Auguro as melhores perspectivas financeiras para a medida, se for posta em prática. Não cobro nada pela Ideia, que aqui entrego à visão cinemascópica e à reconhecida generosidade de Sua Excelentíssima Excelência.
Também o Estado de Israel já enviou mensagem (não sei se dentro de um tanque blindado) à Casa Real Belga a manifestar a Solidariedade (deles) e a oferecerem-se como modelos e instrutores de óptimas relações com os vizinhos, nomeadamente com o Estado da Palestina.
Refere-se o Estado de Israel decerto aos mísseis mais recentes, aviões, helicópteros, drones, tanques, minas, bombas de fragmentação (fornecidos pelos EUA/Pentágono) usados contra a faixa de Gaza, as barreiras de arame electrificado, os "chek-point's" de dez em dez metros, "and so on, and so on".
Retornando ao Nosso Terrunho, talvez ainda seja cedo para Sua Excelência Excelentísima, o Senhor Presidente M.RdeS lançar já o "Estado de Alerta" Máximo. Talvez o "Laranja" seja suficiente. Em todo o caso, Eu, pelo sim pelo não, vou passar a ir à varanda de meia em meia hora e, se vir um escarumba, arrumo-lhe umas pedradas do alto da minha varanda e telefono à Polícia.
Schiuú, Schiuú Amigos,
nada de amplexos
no máximo, no máximo, uns sinais dissimulados com as pestanas ou as sobrancelhas,
o caso agora é "daesh", é "knesset"...
do Leopardo à tocaia nas árvores.
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