Ontem à noite, quando regressava a casa, pela 23 horas e pouco, num virar de esquina para entrar no meu bairro - que fica a 10 minutos do Aeroporto de Lisboa - um jovem, talvez entre os 18 e os 22 anos, empunhava uma pistola negra e simulava disparar sobre os carros que dobravam a curva e subiam para entrar no bairro.
A minha imediata vontade foi travar o carro no sítio, com as luzes a piscar, para enfiar uns murros na focinheira do malandro. Aos 18 anos já se sabe muito bem que aquela simulação dos tiros é uma réplica do terrorismo que tanto tem sido divulgado pelos "mírdias" em ondas que têm o seu epicentro na Casa Branca, em Washington .
E quem julga que quando teclo "dar murros na focinheira do malandro" estou a usar uma hipérbole de escrevinhador está completamente enganado. A mim, o que me custa é não o fazer, é ficar depois a roer a vergonha de não o ter feito.
Pensando posteriormente sobre o caso, aventei a hipótese de que a pistola fosse apenas de plástico, daquelas que disparam bolas de sabão, ou outra contrafacção qualquer. Pouco importa, o que marca é que o crápula estava a simular o terrorismo nazi ou neonazi . E as primeiras murraças seriam minhas, o safardana nunca as apagaria do trombil... Na altura, o que me travou, foi que ao parar o carro naquele danado sítio, poderia provocar um choque de carros em cadeia... e o filho de uma pata tinha alcançado os objectivos que se propunha. Todavia, continuo a roer as unhas e devo resistir à vontade de passar a viajar com um cavalo-marinho que guardo numa despensa.
A grande responsabilidade é do aleijão de alma do meu bairro? Claro que não ! A responsabilidade central é do Grande Capital , dos "bosses" que mandam em Washington, na CIA, no Pentágono, na NATO , os quais, todos os dias sobem o tom das provocações ao mundo democrático, ao mundo civilizado, aos próprios norte-americanos, gauleiteres não-eleitos que são igualmente donos dos "mírdias", alcunhado de "Imprensa Ocidental Livre". Porém, como não posso intervir a este nível, talvez, um dia destes, ainda amachuque as trombas ao malandro do meu bairro.
E, depois Suas Incelências que ditam cá no rectângulo nacional e Ilhas, apesar de eleitas democraticamente, também não cumprem as suas obrigações de defenderem o terrunho nacional das ingerências estrangeiras. Patáti-patitá, porque mais isto e aquilo, vertem umas lacrimitas de pesar, mas "temos de acompanhar os nossos parceiros europeus, os nossos aliados "Ocidentais"". Excelentíssimas Incelências lembrai-vos que "pode o Povo querer um mundo novo a sério".
Saudações confiantes
do Leopardo
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