Na edição do meu blogue anterior (é claro que devem ler todas as edições do meu blogue, porque mesmo que não digam nada de novo - e dizem, e dizem ! - devem lê-las apenas pelo prazer de se deixarem atravessar por uma das mais belas prosas do português hodierno/arcaico - modéstias à parte...) provei de forma irrefutável que existe uma campanha para um imperialismo mundial de novo rosto, centrado no complexo industrial farmacêutico, imperialismo cuja ideia central é "simplex": afirma-se sofisticamente proteger os animais - os gatinhos, os cães de marca - , desencadeia-se guerra mortal às formas de vida vegetal e fúngica por roubarem espaço e condições para os "pets" de estimação - que podem incluir serpentes cascavéis, crocodilos, boas de vários metros, dragões da tasmânia, ursos "greezly" ; porém, é óbvio, que exterminando a flora, se extermina simultaneamente os animais que se alimentam da flora e os predadores que se alimentam dos herbívoros; qual o objectivo desta hecatombe planetária? : colocar o planeta à mercê das drageias e pílulas que sustentam todos estas formas de vida e, inclusivé, dar origem a novas formas de vida elaboradas nos laboratórios farmacêuticos.
Alguns não terão ficado convencidos e dirão que deliro, assaltado por paranóia. Recordo tão somente que há cerca de meio século atrás um autor previu - sob a forma de literatura de ficção científica - um mundo no qual os seres humanos viveriam numa espécie de mini-planetas individuais, apenas se comunicando virtualmente por computadores, tendo as suas experiências eroticó-afectivas apenas pelas "pantallas" e sendo rigorosamente proibidas todos os contactos físicos inter-pessoais. O próprio autor seria surpreendido pela exactidão e rapidez da sua previsão, pois esse é já o mundo em que vivemos hoje, mundo no qual é frequente tropeçarmos a cada passo com grupos de pessoas ou casais de namorados que falam com outras pessoas ou com os companheiros através de telemóveis da última geração e se alimentam de uns produtos embalados em plásticos, produtos a que chamam comida.
Confesso que andei à procura nas wikipédias qual o autor da previsão genial. Vagueei pelos nomes de Somerset Maugham ( "Servidão Humana", "o Fio da Navalha" ), Aldous Huxley ( "Admirável Mundo Novo" de 1931 ), Huxley que influenciou os Beatles, os Doors, ambos autores que advogaram o uso de alucinogéneos para aumentar as capacidades da percepção humana, ambos autores dos quais li as obras referidas, que me influenciaram a mim na visão do homem e do mundo, contudo não estou certo que tenha sido um deles a escrever a obra de "science fiction" a que me referi ( se algum dos meus pacientes leitores o souber de certeza segura, agradecerei bué que mo comunique ).
Em Portugal a guarda avançada desse imperialismo da indústria farmacêutica é representada por um minúsculo partido que dá pela sigla de PAN, brotado de um escondido pântano à semelhança dos cogumelos, o qual isoladito ou em parcerias inesperadas com o BE, camuflado na defesa dos Animais, investe numas surtidas que divertem o País.
Posturas tão caricatas, todavia de consequências realmente ciclópicas, só as do Trump das Trampas, o cujo qual, menos de uma semana depois de ter sido empossado, exige ao México que pague a fronteira sofisticada - de arame farpado, câmaras de vigilância, helicópteros, metralhadoras pesadas,"snipers" - na qual Administração yanque está apostada.
Na verdade tal fronteira já existe há pelo menos duas décadas, já foi denunciada em filmes - que mostram, por exemplo, os emigrantes a entrarem ilegalmente nos "States", em condições desumanas, disfarçados no meio de camiões para o transporte de porcos e dos seus dejectos - e foi igualmente ficcionada por Tommy Lee Jones num filme denominado "Os Três Enterros de Melquiades Estrada" ( "The Three Burials of Melquiades Estrada" de 2005 ) , filme que lhe valeu o prémio de melhor actor no Festival de Cannes e que lhe impulsionou também outros prémios ( 1 Oscar, 1 Emmys, 1 Globo de Ouro ).
O Trump das fronteiras creio que justifica a máxima de Somerseth Maugham : "Apenas os medíocres estão sempre no seu máximo".
E consegui chegar ao termo desta edição do meu blogue sem ter teclado sobre o Sportém do sr. Bruno de Carvalho e do seu "míster" JotaJesus, que escondem o seu percurso de descida em descida atrás do mau resultado ocasional do SLB frente ao Moreirense. Espantástico!...
Saudações confiantes na luta colectiva e organizada
do Leopardo
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