Reflexões do Leopardo

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Bejeweled Blitz a Jogo Olímpico - II Parte

Julguei que tinha sido suficientemente explícito na edição do blogue anterior em que defendo a minha concepção de propor a candidatura do Bejeweled Blitz a Jogo Olímpico.
Pelos vistos não, pois houve quem me pedisse que o demonstrasse igualmente com outras modalidades olímpicas.

Portanto, cá vai. Recomeço com a modalidade dos carros de corrida. É uma modalidade inacessível para a bolsa do gentio comum, que vai produzindo enterros e acidentes espectaculares. Basta recordar o saudoso Ayrton Senna, campeão de Fórmula 1, rapaz que deixava o coração das jovens a bater mais acelerado, cuja morte nas pistas lançou o Brasil num luto intemporal. Ou muitos que se safaram dos bólides em chamas, espatifados contra as barreiras, porém em condições de saúde tão precárias que, após operações cirúrgicas complexas e delicadas ficaram com tão desastrado aspecto físico, que só nos apetece dizer-lhes para colocarem depressa os capacetes e cachecóis especiais para não contemplarmos aqueles frankensteins ambulantes (desculpem-me não citar o nome de nenhum, porém o automobilismo é-me tão fastidioso - nem guiar o meu pópó gosto - que para além do nome do Ayrton e do Juan Fangio não retenho mais nenhum).
É claro que o "desporto" automóvel enumera vantagens infindas: estimula a venda de automóveis e seus acessórios (pneus, "aillerons", volantes especiais, tubos de escape tonitruantes, cachecóis, luvas com meios dedos, óculos escuros de marca, conta-voltinhas não sei para que fins, buzinões, faróis para todos os tipos de atmosferas, "caps" à malandro, óleos especializadíssimos, porta-chaves espanpanantes, pinturas nas carrosserias e autocolantes de estarrecer) ; estimula as conduções à rally no trânsito diário - tipo "slalom" com automóveis "puxados" - com a consequente maré-cheia de acidentes, litígios e ferimentos. Constitui uma fonte de subsistência reforçada para as Companhias de Seguros e para as oficinas de reparação de veículos.

O que se afirma dos automóveis de corrida aplica-se também às motas de competição. Com preços mais em conta, mas acidentes mais graves. Aos "motards" chama-lhes um cirurgião conhecido "dadores de órgãos"...

O Ciclismo é, sem dúvida, uma modalidade popular. Com imensos praticantes - federados e meros amadores - em Portugal (A Volta - cada volta mais vezes ganha por estrangeiros), Espanha (La Vuelta), França (Le Tour), Itália (Il Giro). (Estou a listar apenas os países cujas estradas mais vezes tenho percorrido).
Para os praticantes, para além das inevitáveis furunculoses e de acidentes mais ou menos graves em quedas aparatosas - poderia lembrar-se o caso de Joaquim Agostinho -, não se descobrem vantagens assinaláveis. Por exemplo, o famoso batimento cardíaco dos ciclistas profissionais - que com dificuldade ultrapassa as 90 batidas por minuto e que rapidamente retorna a batimentos de 50, 60 batidas por minuto - , cujo é, sobretudo, uma herança genética, não impede os ciclistas profissionais de falecerem de acidentes cardió-vasculares.
Mas, clarissimamente, o Ciclismo produz óbvias vantagens: aumenta em flecha a venda de todo o tipo de bicicletas, desde as ultrapassadas "pasteleiras" às mais evoluídas bicicletas de ligas metálicas resistentíssimas e super-pluma, sem olvidar as bicicletas todo-o-terreno, com mais mudanças que um camião TIR  ; aumenta exponencialmente o comércio de artigos relacionados com o ciclismo (uns capacetes que emprestam aos ciclistas figuras à astronauta, sapatos e luvas adequadas, óculos à maneira, variegados tipos de buzinas, equipamentos fluorescentes, correntes de segurança para as bicicletas, e, decerto, mais um sem número de pinchavelhos que ignoro; aumentou também exponencialmente o uso de bicicletas - à pála de que é um transporte ecológico, não poluente - por exemplo, não nas pistas próprias para o efeito, mas na Baixa Pombalina, no Chiado, na Avenida dos Aliados. É um deslumbramento admirá-los !!...

Estou quase a finalizar. Abordemos o suposto desporto sem contra-indicações: a Natação.  O desporto que desenvolve Tarzãns perfeitos, apolíneos, de músculos elásticos.
Ao contrário do que é propalado, a Natação provoca sempre ou quase sempre micoses, problemas nos brônquios e, no caso dos nadadores profissionais, roturas nas articulações e músculos dos ombros.
Todavia, além de fomentar o comércio de fatos de banho, óculos para dentro de água, toucas, hawaianas diversas, anti-micóticos, óleos para o corpo, fomenta igualmente a profissão dos massagistas, médicos de pele.
Quanto àquela natação artística de belas nadadoras com uma mola no nariz, que não podem tocar com os pés no fundo da piscina, que executam umas danças colectivas, coreografadas ao pormenor, é-lhes atribuído tudo o que já se disse sobre os apolos da natação, acrescido de problemas maleitosos mais complicados ao nível dos brônquios, de roturas nos músculos das pernas (pasme-se!) e depressões nervosas a requerem tratamento médico especializado...

Finalizo com o Hipismo.  Um desporto de elites, o que não oferece discussão. Um cavalinho daqueles é o preço de um "ferrari" e um competidor não se governa com um só cavalo. Um cavalo daqueles exige várias horas de trabalho quotidiano e tanto se pode aleijar no treino como na competição. Para lá, do acompanhamento, igualmente diário, de "pensagem" do equídeo. 
Os competidores é tradicional sofrerem de problemas de joelhos - com os quais controlam a montada - , de problemas de coluna dorsal - pois, todo o andamento da montada e dos saltos se reflectem na coluna - e o risco eminente de quedas - que são pão nosso na vida de um cavaleiro - é bem atestado pelo boné (capacete disfarçado de boné). 

O Hipismo alimenta uma indústria que vende equídeos para bolsas mais ou menos recheadas, e  uma parafernália de adereços um pouco repetitivos nos figurinos - calças, "blaser's", botas, bonés, chibatas, "foulard's" - todavia, mui variegados na qualidade e nos custos.
De qualquer forma, é transparente que ninguém leva pela rédea um cavalo para um apartamento de duas/três/ quatro assoalhadas, num elevador de um prédio de múltiplos andares... O que não significa que que malteses como eu não contemplem fascinados as legendas transfiguradas pelos séculos dos centauros. A mitologia não perdoa...


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Amplexos divertidos do

Leopardo     

sábado, 27 de agosto de 2016

O Bejeweled Blitz a Jogo Olímpico

Os próximos Jogos Olímpicos serão no Japão, em 2020, sendo, segundo parece, esta a altura certa para propor novas modalidades desportivas. E poderá mesmo dar-se o caso de ainda em dias da minha vida Portugal vir a ser a sede de futuros Jogos Olímpicos, o que atrairá ao País pallettes de estrangeiros e divisas, alimentando eu a esperança, mesmo que tenha 100 anos, de participar  como campeão de Bejeweled Blitz.
Sim, porque será esta a modalidade desportiva que vou propor que seja elevada a categoria olímpica.

O que é o Bejeweled Blitz ?... É extraordinário que tenham chegado aos dias de hoje ignorando a existência do dito . O Bejeweled Blitz é um jogo que integra a panóplia de distracções do Facebook. São uma espécie de pequenos hexágonos brilhantes - que suscitarão imagens de jóias - , de cores brancas, amarelas, verdes, azuis, rúbis, que deverão ser postos em linhas de 3, 4, 5 ou mais hexágonos. Quanto maior o número de hexágonos alinhados, maior a pontuação.

Tornei-me emérito neste jogo porque não consegui ser emérito em mais coisíssima nenhuma. - Num jogo completo atinjo pontuações de 700, 900, 1200, 1400 pontos, o que é obra! - Além disso, o jogo é viciante e mantêm-nos entretidos inutilmente durante horas. Suspeitando eu que os seus autores o poderão ter criado na expectativa que este vício constitua a via que nos venha a conduzir a um Casino a sério. Porém, são só conjecturas minhas, Leopardo desconfiado.  

Já estou a imaginar alguns dos meus poucos leitores aos pulos, braços no ar, a perguntar-me: " Mas, descrevendo como descreve o seu passatempo - inútil, viciante, talvez possuído de intuitos perversos - porque o propõe para modalidade olímpica??..." 

Justamente pelas características mencionadas - inútil, viciante, perverso . Igualinho a muitos outros jogos. Eu afirmaria até, semelhante aos jogos profissionais mais famosos.

Sim, digam-me lá, para que serve o bilhar e o snooker - à parte o facto de romperem os tecidos verdes que forram os tabuleiros onde se praticam, ao consumo daquele giz azul, à venda de tacos supostamente especiais ?... Para que serve o ténis - tirante o facto de dar trabalho a uma série de médicos osteologistas, que gastarão uma vida vida inteira sem curarem os joelhos, os ombros, os pulsos rotos dos tenistas, salvaguardando os fabricantes de vários tipos de raquetes e a sua indústria?... Para que serve aquela corrida e maratonas, das quais mulheres e homens são vítimas, em que os corredores nunca podem tirar os dois pés do solo e partem as ancas num bailado estranho e caricato?...
Poderia continuar por aqui fora incluindo na lista o remo, a natação, o hipismo, a vela, o tiro, o basket, o voley, o ragueby, o hóquei e o futebol americano,  mas vou sintetizar, carregar no acelerador : para que serve o desporto-rei, o futebol profissional ??... Exceptuando o facto de oferecer umas belas reformas para a família do Cristiano Ronaldo, para as suas numerosas namoradas, para a indústria dos ferraris que vai espatifando, para a venda dos jornais e revistas "desportivos" e de mexericos sobre as suas imaginárias dissensões com Messi???...

Porque a grande maioria dos jogadores do desporto-rei (mais de 90%) não recebem nem para  o tabaco (meses e meses de salários em atraso, quando existe algum salário que dê para pagar  os equipamentos e as lesões) !!! 

Terão observado que não mencionei o box, o judo de competição, o sumo. Não por boas razões. Fazem tão mal como os outros. Todavia o box amador pratiquei-o com êxito durante uma década e tal. O judo de competição com um êxito relativo e porque sou fã incondicional da enorme Telma Monteiro, uma das maiores judocas a nível mundial, na sua categoria - em torno da qual não admito sequer discussão . O sumo, que é a verdadeira paixão do Japão - não tanto o judo - sumo que resume uma filosofia, uma ideologia, sumo que tecnicamente é judo, praticado por gigantes de 180 quilos, - alguns capazes de correr 100 metros em 11 segundos ! - que morrem pelos cinquenta e alguns, de acidentes cardíacos provocados pela ingestão de proteínas e gorduras em excesso, obrigatórias para atingir aquelas volumetrias.

Portantos, por consequência, o Bejeweled Blitz a Jogo Olímpico. Ainda alimento a esperança de aparecer no podium ao lado da Telma Monteiro. Ela com a merecida medalha de ouro, evidentemente. Cá o Leopardo, feliz por estar perto dela. 

   
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Amplexos confiantes do

Leopardo

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Singularidades Caminhenses

Não sei se alguma feita calhou eu asseverar de forma absolutamente objectiva que a Vila de Caminha ostenta certas singularidades da Natureza Humana e da Natureza Não-Humana que a colocam a par das duas capitais da Nação : a Ulisseia e a Invicta.

Por exemplo, dia 14 de Agosto, Domingo da Graça do Senhor, amanheceu nebuloso, mal se languçando a fronteira onde confluem as águas do Coura, do Minho e do Atlântico. Não estarão mais de 14, 15 graus na praia de Moledo. Assemelhável só na barra da Foz ou no estuário do Tejo.

E, é claro que estas idiossincrasias da Natureza Não-Humana encontram correspondências na Natureza Humana.
Começarei pelas singularidades da minha hospedeira, a Dona Cacilda, a minha hospedeira não é bem uma caminhense de gema, ela possui as suas propriedades de trabalho - uma residencial e um restaurante, "O Forno" - em Seixas, a uns 4 quilómetros de Caminha.
A Dona Cacilda e a minha pessoa divergem em nós cruciais de considerar a Vida, mas, para além de sempre me ter tratado a fatias finas de pão-de-ló e copos de leite, eu sentia-A voltar extenuada do trabalho no "Forno", às 3 da madrugada - uma réstia de luz, provinda de um longo corredor comum, coava-se por baixo da minha porta - e, pelas 7 e tal da matina, a Dona estava de novo a pé para mais um dia de labuta igual ao anterior.
E este sentido de responsabilidade em relação ao trabalho eu respeito. Compreendo mesmo que inicialmente, quando me queixei que tinha centopeias enormes e de vitalidade feroz a passear no quarto e casa de banho (por desgraçada ventura no meu rosto, enquanto dormia), a Dona tenha fingido ignorar o que eram centopeias, quando, à medida que a estadia se foi prolongando, Dona Cacilda revelou que poderia escrever um tratado sobre a matéria "centopeias". Que diabo, a minha hospedeira necessita de manter a residencial a funcionar e as centopeias de Seixas não são fáceis de liquidar no corpo a corpo !

Só senti a Dona Cacilda mais aliviada, no dia em que me vim embora (16 de Agosto), dia no qual resolveu conceder umas curtas férias a ela própria. Confessou que estava tão cansada das centopeias quanto eu próprio. Não sabia o que havia de fazer às bichas para, pelo menos, as manter debaixo do solo minhoto. Porém, só o sentir-se de férias durante uma semana, rejuvesnecia-A, emprestava-lhe um ar mais iodado e sorridente.

Outras singularidades humanas do concelho de Caminha serão porventura menos simpáticas ou respeitáveis (para quem as interpreta da minha óptica). Por exemplo, o bombeiro Baptista, sentado numa pequena roda de outros bombeiros, sempre com uma "minie" nas mãos ossudas de veias salientes, sempre às palmadas nos seus joelhos e dos companheiros, nunca parou de falar. De que falava ele ? O conteúdo da matéria discursiva não se destacava pela coerência, era mais pela eloquência daquelas exclamações em que abundantes lusitanos são vezeiros: "Porra, Caralh., Fod.-ssse. O todo era escandido numa espécie de cantilena essencial para manter a unidade e a força da Vida.
Uma volta por outra, levantava-se numa tentativa desesperada de conquistar novo elemento para a roda ou para obsequiar pessoa que entendia de grado. A todos propunha uma "minie", sendo o resultado frequente os passantes oferecerem-lhe uma cervejola para se livrarem dele. Não se livravam, porém, da tal trilogia de obscenidades ululadas, acompanhadas de sacudidelas enérgicas dos órgãos situados entre as pernas. Talvez, aquela actividade frenética e contínua, seja atestado de um bombeiro empenhado.

Contudo, no capítulo das singularidades, as coisas pioram. Outra das singularidades é o Hulk. Só lhe falta ser verde, mas tentem imaginar (não é fácil !) uma bestiúncula  de um metro e sessenta e pouco, cento e quarenta quilos de peso, barba eternamente de 3 dias numa queixada prognata,  a marchar como uma chaimite aos solavancos e, depois, quero ver se se riem!... Se a bestiúncula nos manda uma barrigada, um maltês como eu executa vários mortais de costas para trás antes de se estatelar desmaiado no lagedo.
Por isso muitos caminhenses o cumprimentavam  sem nunca parar e desviando-se !... 
Qual a actividade em que o Hulk caminhense se distingue? Enterros. Vai à frente, segura a cruz que suporta o Nazareno metro e meio acima de qualquer cabeça, vocifera qualquer coisa.
Primeiro pensei que não teria sido boa opção terem seleccionado o Hulk para liderar o desfile, todavia, repensando, avaliei que isto, num negócio de almas a render para o Céu, o Hulk será a escolha certa. A bestiúncula representa a guarda-avançada dos energúmenos contra o Maligno. E a força do adversário mede-se pela força que é necessário opor-lhe.

Mas o Hulk é uma figura caricata, boneco de feira encerrado no castelo fantasma para assustar as crianças, comparado com a tropa fandanga que se segue. É uma equipa de meia dúzia de artistas a operar na esplanada do centro da Vila, praticó-concretamente em frente ao palco das grandes cenas musicais, dançantes, etecetera e tal.
De início, confundiram-me as ideias trocando "blagues", em estilos pessoais diversificados, de gosto duvidoso, a atirar para a cueca, dedicadas a trintonas encalhadas nos afectos ou "motards" truculentos, que se expressam monossilabicamente a exigir "loiras". "Trouvailles" da tropa fandanga da equipa de empregados que serve na tal esplanada que podem ser avaliadas pela "boutade" de um deles: "Esta esplanada só me faz pensar em sexo, nunca estou parado".
Até à noite, em que um deles, com as fuças de um garoto da primária com várias repetências e trabalho de reforço escolar nas férias, a simular o chico-esperto, vai de gritar alternadamente "Viva o Poder Popular !" , "Viva o Rei !", Viva a Raínha !" "Temos escritor comuna infiltrado na esplanada !", ao mesmo tempo que apontava directo para mim.
No primeiro momento julguei que se tratava de brincadeira desadequada, pois isto de me taxarem de comunista pareceu-me elogio desproporcionado, dado que uma pessoa faz o melhor que pode, porém, daí até merecer o qualificativo, vai um salto. Ainda tentei galhofar, falei em Vladimir Ilyitch Ulianov, tratado na infância pelo diminutivo carinhoso de Volodia, ou em Josef Vissarionovitch Stalin, conhecido e estimado em Portugal, entre o proletariado por Zé dos Bigodes.
Mas, não se tratava de galhofeirice desadequada da equipa de empregados da esplanada. O que aquilo era mesmo era uma denúncia e acusação pública de um pensamento e actividade consideradas injustificáveis neste Portugal resultante do 25 de Abril. Uma denúncia e acusação ao nível dos subterrâneos do fascismo salazarento, denúncia e acusação de claro fedor pidesco, a tresandar aos sovacos da António Maria Cardoso. Aquela equipa de empregados da esplanada, que se gabam constantemente de serem diferentes, de facto são diferentes: são uma secção ( e, apostava dobrado contra singelo, auto-promovida e graciosa) do SIS, a bufar pelo gozo inaudito de bufar, de espionar ao nível do traque.
Quer dizer que para Sul, não existem bufos a soldo? Claro que existem, sempre existiram. Mas, entre os "Mouros", ninguém gosta ou se gaba publicamente de ser um bufo. O "ambiente" social não o tolera.

Quando esta Europa dos Patrões der o berro, - e dará, mais cedo que tarde - o que é eu, Leopardo, proponho? Exterminar-lhes a existência física no Paredão? Não senhora. Parece-me mui insuficiente. Se pudesse prolongava a existência dos Grandes Bosses, obrigados a cumprir trabalhos cívicos, por exemplo nos incêndios que têm devastado o País. Vigiados por quem? Por estas secções de bufos auto-promovidos a espiõeszecos do SIS, que os vigiariam de azorragues nos punhos. Esta pulhice humana passa-se sempre para o lado de quem assume o poder.

Mas este ambiente sufocante da espionite de traque e sovaco é a maior das sequelas - ora denominam-se de "danos colaterais"- do actual capitalismo? Infelizmente não é. A sua ideologia e as suas cassettes impregnaram a mente das Donas Caçildas que são incapazes de conceber que a sorte de uns não seja resultante da miséria de outros. Não são capazes de imaginar uma Sociedade em que todos ganhem com o trabalho comum.

Voltarei decerto a Caminha, após refazer-me deste verão decepcionante. Não deixarei o terreiro esvaziado para esta estes piolhos humanos aumentarem a sua pré-primária retardada.           


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do Vosso Leopardo

que se sente órfão de Caminha

sentimento do qual recuperará